Mestres e jovens tomam as ruas
Professores e estudantes juntos!
[Alejandro Fan]
http://www.geocities.com/resistencia_fan2/
Mais de 150.000 pessoas entre estudantes das universidades públicas, colégios distritais e professores provenientes de todos os estados da Colômbia tomaram as ruas da capital durante 13 horas contínuas.
A mobilização se coloca nos marcos da Paralisação Nacional por tempo indeterminado desenvolvida pelo magistério colombiano contra o Plano Nacional de Desenvolvimento, especificamente pelo projeto de Ato Legislativo 011 de 2006 que na atualidade sob o impulso do governo de Uribe tramita no Congresso da República.
De acordo com a FECODE (Federação Colombiana de Educadores), estas reformas significam que enquanto no ano de 2001, de cada cem pesos de impostos que a nação arrecadava 43 pesos eram transferidos às regiões para financiar a educação, a saúde, a água potável e o saneamento básico, no ano de 2007 estão sendo transferidos 33 pesos e no ano de 2016, serão transferidos 27 pesos. Situação que gerará um prejuízo na receita das regiões de mais de 49 bilhões de pesos nos próximos 8 anos. Em resumo esta é a real situação que se choca com a chamada lei de transferências.
Até esta data continua a ocupação pacífica de 35 colégios públicos por parte de seus estudantes, que não deixarão as instalações até que o projeto de Uribe não seja revertido. Da mesma maneira em três universidades públicas de Bogotá (Nacional, Distrital e Pedagógica), se mantém acampamentos estudantis em defesa da educação pública, onde diariamente se desenvolvem assembléias, comícios e marchas, as quais têm sido reprimidas pela polícia e seu esquadrão anti-distúrbios Esmad, como ontem quando foram agredidos os estudantes da U. Distrital, detiveram três de seus estudantes que ainda continuam detidos; da mesma maneira, os provenientes das regiões foram golpeados, e detidos 50 professores do departamento de Tolima quando entravam pelo sul da cidade nas imediações de Soacha.
O chamado é para que todos nós colombianos nos unamos em defesa da educação pública, da luta por melhores condições de vida, e a construção da Nova Colômbia, e de uma vez por todas, a oligarquia compreenda que o povo colombiano reclama um horizonte de paz nascido do exercício pleno de sua soberania, da democracia e da justiça social, para o qual um imperativo é a Renúncia do narcopresidente que dirige este péssimo governo.