"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 4 de junho de 2007

Última Hora!: as Farc pronunciam-se sobre a libertação massiva de guerrilheiros

Em Comunicado enviado à redação de ANNCOL intitulado “O engano” o Secretariado dessa Organização insurgente explica as verdadeiras intenções de Uribe com essa farsa. “O demagógico anuncio de liberar unilateralmente presos, nada tem a ver com a Troca que deve ser o resultado de acordos entre o Estado e a Insurgência revolucionária, onde se definam critérios, tempos, nomes, garantias, observadores e mecanismos”.



Sonia e Simón na lista do Intercâmbio!


[Comunicado das Farc]

"O engano”

1. Com a liberdade condicionada de presos, o Presidente busca ocultar sua verdadeira intenção de impedir que as autoridades judiciais avancem em suas investigações a parlamentares, militares, personalidades e a seu Governo, por evidentes nexos com a narco-para-política e por sua responsabilidade em inúmeros e espantosos crimes contra civis acusados de apoiar a guerrilha e, inutilmente também, pretende tender cortinas de fumaça em torno da espionagem telefônica, ordenado e aproveitado por ele mesmo e por sua cada vez mais indigno servilismo ante as imposições da Casa Branca.

2. Esta farsa uribista é outro engano aos familiares e amigos dos prisioneiros das duas partes que, ademais, deturpa a característica dos presos para aumentar as cifras, já que coloca em um único saco:

a. Guerrilheiros que mantendo sua dignidade revolucionária rechaçam o fantasioso oferecimento e exigem a troca de prisioneiros.

b. Desertores que traíram às FARC e por sua decisão deixaram de ser guerrilheiros. Por isto, não são nem podem ser parte de Troca alguma.

c. Muitos civis, acusados de serem guerrilheiros.


3. O anuncio demagógico de liberar unilateralmente presos, nada tem a ver com a Troca de prisioneiros, que deve ser o resultado de acordos entre o Estado e a Insurgência revolucionária, mediante a definição de critérios, tempos, nomes, garantias, observadores e mecanismos. As FARC rechaçam as falsas promessas de quem pretendem converter o clamor nacional pelo Intercâmbio Humanitário em propaganda para curar as feridas causadas pela política neoliberal e terrorista de um Regime ilegal como é esse de Uribe.


4. Definir uma Troca de prisioneiros exige realismo político e seriedade de parte do governo e, também, reclama a suspensão do duplo jogo oficial, já que enquanto engana a opinião pública com a propaganda da libertação dos presos, as tropas oficiais continuam tentando resgates a sangre e fogo, sem que ao governo importe para nada a vida e integridade dos prisioneiros. Reiteramos hoje, a necessidade de desmilitarizar os municípios de Florida e Pradera para definir aí, os termos de um Acordo Humanitário.


Secretariado do Estado Maior Central
FARC-EP
Montanhas da Colômbia, junho de 2007


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