"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 14 de junho de 2013


La Habana, Cuba, sede dos diálogos de paz, 12 de junho de 2013

A propósito da crise diplomática surgida entre a Colômbia e a República Bolivariana de Venezuela, a qual impactou a mesa de conversações de Havana, informamos que ontem nos reunimos com o excelentíssimo senhor embaixador venezuelano, Roy Chaderton, a fim de esclarecer se a nação irmã e seu governo manterão seu apoio, acompanhamento e facilitação, que são indispensáveis para a continuidade do processo.

Em segundo lugar, a Delegação de Paz das FARC-EP saúda e agradece a presença dos representantes do Centro de Pensamento da Universidad Nacional e das Nações Unidas, que, com deferência, têm trazido à mesa do diálogo as opiniões do constituinte primário referidas ao segundo ponto da agenda sobre Participação, que no dia de ontem se começou a debater.

E, em terceiro lugar, a propósito do autoritário e rotundo NÃO manifestado pelo governo à possibilidade de uma Assembleia Nacional Constituinte, é preciso dizer que ninguém pode pretender limitar a condição de soberano que tem o povo.

Não é compreensível que, às portas de iniciar a discussão sobre o ponto de Participação Cidadã, desde a Delegação de Paz do Governo se lhe ponham obstáculos a uma proposta fundamental das organizações sociais e políticas, exposta no Fórum que, para tratar o assunto, se reuniu em Bogotá em fins de abril.

Em nenhuma parte do acordo especial de Havana aparece definida a forma de referenda que terá o que se convenha. Tampouco se firmou o Não à Constituinte. Onde está plasmado o compromisso de não falar de Constituinte? Que se nos diga onde se proíbe falar deste importante assunto, quando, pelo contrário, o espírito do preâmbulo e da Agenda o que manifesta é que a paz é um assunto de todos os colombianos.

Temos que relembrar ao doutor Humberto de La Calle que o artigo 376 foi incluído na Carta de 91 por iniciativa do governo de César Gaviria, do qual ele fazia parte. Não há que ter medo a um texto que a letra diz: Mediante lei aprovada por maioria dos membros de uma e outra câmara o congresso poderá dispor que o povo em votação popular decida se convoca uma Assembleia Nacional Constituinte com a competência, o período e a composição que a mesma lei determine. Se entenderá que o povo convoca a Assembleia, se assim o aprova, quando menos, uma terça parte do censo eleitoral...

É um paradoxo que, precisamente no ponto de participação política, as pessoas coloquem um cabresto, impedindo a opinião, desde já, de congressistas, partidos, organizações sociais, sindicatos, empresários etc etc. Por que têm medo do debate?

Pelo bem supremo da paz, que é um direito e um dever de obrigatório cumprimento, há que fazer até o impossível.


DELEGAÇÃO DE PAZ DAS FARC-EP