"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Repressão de protestos na Colômbia deixa 4 camponeses mortos


No twitter, organizações, personalidades da vida política e cidadãos mostraram sua indignação pelos ataques do Exército, da polícia e dos membros dos esquadrões antidistúrbios, que já deixaram um saldo de quatro civis mortos, mais de 30 feridos e vários presos.


Em mensagem na rede social , a ex-senadora e defensora dos direitos humanos Piedad Córdoba chamou a força pública para proteger e não matar os manifestantes."Que tristeza, vão quatro camponeses assassinados. Não os deixemos sozinhos, primeiro os criminalizam e depois os matam", sublinhou.

A rejeição unânime dos colombianos foi sentida no twitter. Muitos qualificaram como massacre os fatos ocorridos no Catatumbo, onde há 16 dias os agricultores saíram às ruas para se pronunciarem contra muitos anos de abandono estatal.

"Indignada que o governo instale franco-atiradores que disparam contra os camponeses", escreveu uma jovem identificada como Verónica Peña. "Nem mais um morto", expressou por sua vez Eme, outra internauta.

Os protestos Iniciados no dia 11 de junho,  agravaram-se com o passar dos dias, enquanto milhares de camponeses de vários pontos do Norte de Santander continuam somando-se às manifestações. Segundo cifras divulgadas por meios locais, já são 16 mil os manifestantes.

Em meio às violentas jornadas de terça, uma delegação do governo dirigida pelo ministro conselheiro para o diálogo social, Luis Eduardo Garzón, reuniu-se no município de Tibú para explicar aos líderes camponeses a metodologia de uma reunião prevista para a próxima quinta (27).Na mesa de acordo estariam presentes os ministros de Agricultura, do Interior e de Minas, além de vários dirigentes de institutos governamentais, publicou o jornal local La Opinión.

O vice-presidente da Associação de Camponeses do Catatumbo, Juan Carlos Quintero, explicou que os agricultores realizarão uma assembleia nesta quarta para ver como será especificada a reunião com o governo e ratificou que nos diálogos não pode haver membros da força pública.

Nas conversas também estará presente o defensor público, Jorge Armando Otálora, que atuará como garantidor, informou a Rádio Caracol.

Em um comunicado, o Movimento Nacional de Vítimas de Crimes de Estado exigiu ao governo que pare com a violência. "Realçamos que todos os manifestantes são população civil desarmada, não são guerrilheiros nem terroristas, tal como afirmou o presidente Juan Manuel Santos", aponta o texto.

Os agricultores afirmam que irão até as últimas consequências para serem ouvidos. Eles exigem uma Zona de Reserva Camponesa e a substituição gradual dos cultivos ilícitos mediante projetos sustentáveis para Catatumbo, que durante décadas serviu de território aos paramilitares.

Fonte: Prensa Latina e vermelho.org