Entrevista com Rafael Agacino, pesquisador da Plataforma Nexos
Como qualificaria o programa econômico da Bachelet; seus principais eixos e a relação da candidata com o empresariado?
Do ponto
de vista do conteúdo, o centro da gravidade está nas denominadas
“Reformas de Fundo”: a reforma educativa, a reforma tributária e
a nova constituição. Com exceção da primeira – e somente por
efeito das mobilizações estudantis – o novo bloco no poder se viu
obrigado a ceder e a ampliar o âmbito social dos consensos. Em
relação às outras duas, os dissensos continuam e o mais provável
é que culminem em alguma coisa parecida com uma “política do
espetáculo”.
Apesar de
uma política gatopardista não ter sido alheia aos governos da
Concertación – lembrem-se da reforma constitucional de 2005, que
originou a “Constituição Lagos-Pinochet” ou da nova Lei Geral
de Educação de 2009, que substituiu a LOCE (Lei Orgânica
Constitucional de Ensino) da ditadura – desta vez as manobras
deverão ser feitas sobre bases menos firmes. E isso por duas razões:
primeiro, porque os 40 anos do modelo imposto pela contrarrevolução
neoliberal afloraram as novas contradições próprias a um padrão
de acumulação avançado. Segundo, porque o projeto neoliberal não
conseguiu gerar uma institucionalidade política complementar ao
mercado, capaz de processar tais contradições, cujo alcance supera
as possibilidades de arbitragem entre os privados do próprio
mercado.
De fato, a
composição social das lutas recentes, assim como o caráter das
demandas, mostra que há fissuras, e que não se trata de um modelo
afetado por uma crise financeira e econômica com altas taxas de
desemprego ou de pobreza extrema. A explosão social dos últimos
anos no Chile, por exemplo, se diferencia da explosão das massas na
Argentina em 2001, e também não se assemelha às lutas massivas dos
trabalhadores na Grécia, submetida ao ajuste estrutural na atual
crise.
Do mesmo
modo, a utopia neoliberal extrema aplicada no Chile supunha a
dissolução da política, do coletivo, porque desarmou e
deslegitimou o sistema de partidos políticos como mecanismo
representativo capaz de antecipar e processar os mal-estares sociais
antes que se transformem em demandas coletivas - o mercado cumpriria
essa função. O mais notável dessa situação atual é que,
enquanto os dois principais (e únicos) partidos políticos da
direita passam por uma crise política gravíssima, a patronal, a
“direita econômica” continua funcionando sem contratempos,
pactuando diretamente ora com o governo que está saindo, ora com a
coalizão de Bachelet.
Neste
contexto, ainda que de maneira incipiente, um número cada vez maior
de trabalhadores e setores populares enfrentam diretamente o capital,
sem mediação de partidos ou do Estado. E o governo – quando
interrompe seu papel de agente repressor – atua como testemunha de
acordos que não foram feitos sob as regras do sistema político
convencional. A política real, de fato, tanto para a burguesia como
para os setores populares e para os trabalhadores organizados –
bastante afastados do sindicalismo clássico- parece se deslocar das
instituições político estatais e apelar para a negação direta.
Estas duas
características do modelo neoliberal avançado geram um marco de
incerteza que a intelligentsia do bloco no poder ainda não conseguiu
esclarecer para enfrentá-la estruturalmente. Não há um projeto
para um Chile pós-neoliberal ou neo-neoliberal. Por isso, será
preciso acrescentar o espetáculo ao gatopardismo do programa:
efeitos de luzes e música incidental, pão e circo para as massas,
enquanto se ajusta a carga e se define uma estratégia para o novo
ciclo que se abre. A tramoia, neste caso, estará a cargo da alta
dirigência do PC que conseguiu se incluir na nova coalizão do
governo.
Qual é
a situação dos trabalhadores atualmente no Chile, particularmente
da CUT e do movimento sindical?
O sindicalismo clássico, aquele que surgiu e se expandiu no padrão de acumulação desenvolvimentista, anterior à contrarrevolução neoliberal, há anos se choca com uma realidade de uma organização industrial e do mercado de trabalho ostensivamente diferente. Por um lado, a fragmentação produtiva por meio da extensão da maquinaria e da subcontratação, e a flexibilização do mercado de trabalho em relação ao emprego, salários, funções. Por outro lado, gerou uma grande massa de força de trabalho que, sem emprego fixo, circula entre postos de trabalho e tarefas. Essa alta mobilidade se traduziu na precariedade do emprego, em um emprego muito diferente do emprego típico em torno do qual se desenvolveu, no século passado, o sindicalismo clássico sob a forma de sindicatos de empresa. Uma das diferenças notáveis é que a relação jurídico-trabalhista se separou da relação econômica de exploração, gerando uma quase inutilidade das garantias que o direito trabalhista pressupõe.
O sindicalismo clássico, aquele que surgiu e se expandiu no padrão de acumulação desenvolvimentista, anterior à contrarrevolução neoliberal, há anos se choca com uma realidade de uma organização industrial e do mercado de trabalho ostensivamente diferente. Por um lado, a fragmentação produtiva por meio da extensão da maquinaria e da subcontratação, e a flexibilização do mercado de trabalho em relação ao emprego, salários, funções. Por outro lado, gerou uma grande massa de força de trabalho que, sem emprego fixo, circula entre postos de trabalho e tarefas. Essa alta mobilidade se traduziu na precariedade do emprego, em um emprego muito diferente do emprego típico em torno do qual se desenvolveu, no século passado, o sindicalismo clássico sob a forma de sindicatos de empresa. Uma das diferenças notáveis é que a relação jurídico-trabalhista se separou da relação econômica de exploração, gerando uma quase inutilidade das garantias que o direito trabalhista pressupõe.
De fato, a
subcontratação implica que quem explora a força de trabalho não é
quem a contrata, nem quem estabelece a relação contratual, pois as
contrapartidas efetivas da relação econômica não são objeto de
direito trabalhista que se refere às contrapartidas formais.
É óbvio,
então, que esta separação torna tão inútil o direito trabalhista
como tornou também a fragmentação das empresas em dezenas de
unidades jurídicas (pessoas jurídicas empresariais) que operam
centralizadamente sob uma mesma direção econômica. Assim, de pouco
serve aos trabalhadores o direito a se sindicalizar e a negociar
coletivamente, sejam eles subcontratados ou contratados por essas
unidades produtivas enfraquecidas.
O
sindicalismo clássico, esteja agrupado na CUT ou em outras centrais,
tem tido dificuldades até hoje para adequar suas formas
organizativas a estas novas condições estruturais do capitalismo
chileno. Por isso mesmo, a CUT perdeu influência no mundo do
trabalho e, paradoxalmente, atualmente se sustenta principalmente
graças ao controle das associações gremiais do setor público, com
uma presença muito reduzida nos setores produtivos e de serviços
privados que concentram o emprego. No setor privado, os grupos mais
ativos dos trabalhadores, geralmente fora da CUT, se formaram
inovando nas formas organizativas, em suas táticas de luta e
inclusive se caraterizando pela forte presença juvenil. O caso
paradigmático é o dos portuários que, organizados federativamente
e ultrapassando todas as restrições objetivas por meio de uma
combinação adequada de greves ilegais e chamados à negociação,
conseguiram obrigar o grande capital, usuário dos serviços. mas não
o seu empregador direto, a intervir, de fato, na negociação das
condições salariais e de trabalho.
O grande
capital, sem ser sua contrapartida jurídica, submetido à ação
inteligente e decidida das organizações de trabalhadores, teve que
ordenar as empresas contratistas ou de serviços que negociem e
resolvam seus conflitos. O governo, enquanto entidade administrativa,
não fez mais do que sancionar tais acordos diretos, como uma
testemunha autêntica. Essas práticas, se bem favorecidas por uma
série de condições especiais, tendem a se reproduzir em outros
setores, e sobretudo se constituindo um exemplo de ação para muitos
grupos de trabalhadores, em especial para os mais precarizados.
O
sindicalismo clássico chileno também se caracterizava, por outro
lado, há pouco por uma quase total influência dos partidos
políticos em sua vida interna e gremial. Tais relações entre
partidos e grêmios se fundavam em uma separação radical entre o
social reivindicativo e o político, levando a crer que os partidos
são os representantes das demandas gremiais na esfera política.
Essa separação foi lentamente superada pela própria prática de
alguns trabalhadores que assumem sua própria representatividade e
evitam a mediação. Tem sido determinante desta não generalizada,
mas crescente tendência, a destruição por parte da ditadura e dos
governos pós-Pinochet do antigo “Estado de compromisso”, que
teceu uma densa institucionalidade de mediação. E por esta mesma
razão, conforme já ressaltamos, o mesmo sistema de partidos perdeu
sua capacidade mediadora.
Assim, podemos afirmar que a situação atual do movimento de trabalhadores é uma fraqueza geral, produto de 40 anos do neoliberalismo e da persistência de uma visão equivocada da dirigência do sindicalismo clássico. Neste marco geral, contudo, começam a emergir grupos de trabalhadores organizados que ensaiam formas de organização heterodoxas e táticas de ação direta e de negociação, que podem inaugurar um caminho para um novo movimento de trabalhadores, adequado as condições de uma contrarrevolução neoliberal avançada. Neste processo, as direções da CUT tiveram um papel secundário, senão diretamente atrasado. Por isso mesmo, com exceção da incansável luta do povo mapuche, não é estranho que fossem os estudantes, os devedores habitacionais, as organizações comunais e não a classe trabalhadora aqueles que abriram este novo ciclo de mobilizações sociais.
Assim, podemos afirmar que a situação atual do movimento de trabalhadores é uma fraqueza geral, produto de 40 anos do neoliberalismo e da persistência de uma visão equivocada da dirigência do sindicalismo clássico. Neste marco geral, contudo, começam a emergir grupos de trabalhadores organizados que ensaiam formas de organização heterodoxas e táticas de ação direta e de negociação, que podem inaugurar um caminho para um novo movimento de trabalhadores, adequado as condições de uma contrarrevolução neoliberal avançada. Neste processo, as direções da CUT tiveram um papel secundário, senão diretamente atrasado. Por isso mesmo, com exceção da incansável luta do povo mapuche, não é estranho que fossem os estudantes, os devedores habitacionais, as organizações comunais e não a classe trabalhadora aqueles que abriram este novo ciclo de mobilizações sociais.
Dentro
das lutas sociais, quais são as que se destacam, segundo sua
análise, e que poderiam anunciar um novo ciclo de conflitos durante
o mandato do novo governo?
Isto eu deixei nas entrelinhas da resposta anterior. De todo modo, seguem alguns aspectos precisos. Em primeiro lugar, destacar que as lutas dos estudantes secundaristas expressam uma fissura muito mais profunda, inclusive naquilo que eles mesmos acreditam. Enquanto os estudantes universitários pedem melhores condições de acesso a financiamento à educação superior, os secundaristas pedem gratuidade e melhores condições materiais. Sua demanda real é contra a própria comunidade escolar, contra a escola, um espaço insuportável porque a cada dia há mais autoritarismo, a mediocridade e o tédio dos professores em colapso; a pressão permanente pelo sucesso e a competitividade individual, um caminho obrigatório que não tem sentido, colocando os adolescentes uns contra os outros.
Isto eu deixei nas entrelinhas da resposta anterior. De todo modo, seguem alguns aspectos precisos. Em primeiro lugar, destacar que as lutas dos estudantes secundaristas expressam uma fissura muito mais profunda, inclusive naquilo que eles mesmos acreditam. Enquanto os estudantes universitários pedem melhores condições de acesso a financiamento à educação superior, os secundaristas pedem gratuidade e melhores condições materiais. Sua demanda real é contra a própria comunidade escolar, contra a escola, um espaço insuportável porque a cada dia há mais autoritarismo, a mediocridade e o tédio dos professores em colapso; a pressão permanente pelo sucesso e a competitividade individual, um caminho obrigatório que não tem sentido, colocando os adolescentes uns contra os outros.
Não
podemos parar por aqui, mas é por isso que foi o movimento
secundarista - e não o universitário - foi a base da explosão que
conseguiu esmigalhar os consensos das classes dominantes e a paz
social que os governos civis mostravam ao mundo como o bem sucedido
modelo chileno. E o mal-estar não é passível de ser domesticado
estruturalmente, apelando a simples políticas clientelistas e
redistributivas. Existe aqui uma contradição profunda: trata-se dos
frutos de um neoliberalismo que, portanto, não reclamam resistindo
às reformas, mas precisamente pelo funcionamento delas. São eles o
resultado de um modelo que empregou toda sua potencialidade e gerou
uma profunda crise da comunidade escolar, da escola, diante da qual
reagiram espontânea e sistematicamente desde o "mochilazo"
de 2001 e da "revolución pingüina" de 2006 . E essa
fissura continuará porque o novo bloco dominante precisa de um
projeto educativo que resolva essa crise.
Em segundo lugar, é preciso prestar atenção à emergência de um novo movimento de trabalhadores, como o que já mencionamos. Esse movimento, ainda muito incipiente, se for amadurecer, o fará a partir de bases totalmente diferentes às que serviram ao sindicalismo clássico. Uma delas será a consideração de que o movimento sindical não esgota a história, nem o futuro do movimento de trabalhadores, pois o sindicalismo e os sindicatos de trabalhadores e de empresas foram uma forma particular de organização típica do desenvolvimentismo. Antes, houve formas mutualistas, sociedades de resistência, mancomunadas etc. que, na ausência de qualquer legislação trabalhista, organizaram grandes massas de trabalhadores e enfrentaram diretamente o capital, assentando as bases dos direitos que seriam codificados em uma legislação trabalhista posterior, sob o amparo da qual se desenvolveu o sindicalismo clássico.
Em segundo lugar, é preciso prestar atenção à emergência de um novo movimento de trabalhadores, como o que já mencionamos. Esse movimento, ainda muito incipiente, se for amadurecer, o fará a partir de bases totalmente diferentes às que serviram ao sindicalismo clássico. Uma delas será a consideração de que o movimento sindical não esgota a história, nem o futuro do movimento de trabalhadores, pois o sindicalismo e os sindicatos de trabalhadores e de empresas foram uma forma particular de organização típica do desenvolvimentismo. Antes, houve formas mutualistas, sociedades de resistência, mancomunadas etc. que, na ausência de qualquer legislação trabalhista, organizaram grandes massas de trabalhadores e enfrentaram diretamente o capital, assentando as bases dos direitos que seriam codificados em uma legislação trabalhista posterior, sob o amparo da qual se desenvolveu o sindicalismo clássico.
Outro tema
muito importante é que frente a um “capital estendido”, isto é,
que penetrou e submeteu à sua racionalidade muitas atividades que
antes estavam fora da produção capitalista, surge a necessidade de
se conceber também de maneira “extendida à classe trabalhadora”.
Isso implica que nem as formas de pagamento, nem de contratação --
direta ou indireta; parcial ou completa; temporária ou permanente
--, ou o caráter material ou imaterial do trabalho ou de seu
resultado, podem ser critério para definir a classe trabalhadora. O
que importa é a relação social e, portanto, se o capital converteu
os serviços antes públicos e comunitários em atividade produtiva,
ou submeteu outras atividades antes pessoais e realizadas no trabalho
à lógica da acumulação, de modo que os que ali trabalham vendendo
seu talento ao capital façam parte da classe trabalhadora.
O
sindicalismo clássico resistiu a isso, e segue apegado à estética
dos trabalhadores mineiros e industriais do século XX. No entanto,
as práticas organizacionais e de luta das classes precarizadas que
mencionamos avançaram rompendo barreiras discriminatórias no
interior da própria classe trabalhadora. Sabemos que este é um
longo processo, mas essa tendência de reconstituição objetiva e
subjetiva de um novo movimento de trabalhadores sobre essas classes
continuará e, eventualmente, se acelerará, seja por êxito das
lutas, seja pelo aprofundamento das condições de precarização de
um modelo econômico que enfrenta custos crescentes para manter sua
dinâmica expansiva.
E,
finalmente, não podemos deixar de mencionar que a ação da esquerda
pode ser um fator não desprezível no itinerário que segue esse
novo ciclo de lutas. Aqui é necessário distinguir entre a “esquerda
desconfiada” e a “esquerda confiante”, cujas táticas, tanto
hoje como no passado, foram muito distintas. A esquerda confiante, a
mais forte e estruturada, concentrou-se em fortalecer seu
partidarismo orgânico tradicional e na “volta do Estado”,
buscando chegar ao governo e ao parlamento por meio de alianças
eleitorais ad hoc, o que conseguiu finalmente este ano.
Essa esquerda confia que dali poderá impulsionar a reconstituição do movimento trabalhista e popular. Contrária a isso, a outra esquerda, ainda muito fragmentada e dispersa, à luz das profundas transformações neoliberais na sociedade chilena e das experiências dos regimes socialistas, focou-se na reconstrução dos sujeitos sociais privilegiando novas formas organizativas, democráticas e de base -- coletivos, grupos de apoio mútuo, assembleias etc., todas diferentes e refratárias aos mecanismos partidários orgânicos clássicos e sindicais. A tática se orienta à construção de um sujeito que confie em suas próprias forças e não no Estado ou na burocracia, que tende a “institucionalizar” ou a substituir o próprio movimento de trabalhadores e popular.
Essa esquerda confia que dali poderá impulsionar a reconstituição do movimento trabalhista e popular. Contrária a isso, a outra esquerda, ainda muito fragmentada e dispersa, à luz das profundas transformações neoliberais na sociedade chilena e das experiências dos regimes socialistas, focou-se na reconstrução dos sujeitos sociais privilegiando novas formas organizativas, democráticas e de base -- coletivos, grupos de apoio mútuo, assembleias etc., todas diferentes e refratárias aos mecanismos partidários orgânicos clássicos e sindicais. A tática se orienta à construção de um sujeito que confie em suas próprias forças e não no Estado ou na burocracia, que tende a “institucionalizar” ou a substituir o próprio movimento de trabalhadores e popular.
Pouco a
pouco, as camadas dessa esquerda amadurecem em um sentido
estratégico, que tende a negar a separação entre o político e o
social; a rechaçar a atribuição do monopólio da política ao
Estado e suas instituições, e a criticar a separação entre
representantes -- os profissionais da política -- e representados.
Trata-se
de uma esquerda que luta pela politização do social, para construir
formas organizacionais de soberania popular -- paralelas ao e
confrontando com o Estado -- para o desenho de mecanismos de
autorrepresentação nos espaços vitais em função das necessidades
populares. A metáfora da “desconfiança” evoca uma crítica à
concepção liberal burguesa da política e das instituições a que
esta deu origem, não apenas defendida pela direita como também por
aquela esquerda republicana e estatista que confia nela. A entrada do
PC na coalizão governista marcará ainda mais essas diferenças e
provavelmente, como já se nota na disputa por “capitalizar” o
impulso das mobilizações estudantis e de trabalhadores, apresentará
indícios mais definidos e profundos, o que influenciará no curso
dos conflitos que caracterizarão o novo ciclo de lutas.