A
Colômbia sofre com os conflitos armados e ações violentas há
décadas e os sofrimentos provocados pelos conflitos afligem não
apenas o povo colombiano, mas o restante do mundo. A situação de
caos e instabilidade provocados por esses conflitos trazem
consequências devastadoras para a sociedade colombiana. A falta de
confiança, a fragilidade da economia e o sofrimento das pessoas
chamam a atenção para que se dê uma basta nessa situação. Estas
são as principais conclusões do Projeto Reconciliação Colombiana,
apresentado, recentemente, em Bogotá, e levado a cabo por cerca de
30 entidades, entre organizações sociais, empresas e governos
locais.
O projeto
surge com o intuito de promover uma maior integração de
conhecimentos e reconciliação entre regiões da Colômbia que
sofrem constantemente com os conflitos regionais, para que haja a
possibilidade de um futuro melhor, com mais oportunidades e
desenvolvimento.
A
coordenadora do Reconciliação, Ximena Botero, explica que o projeto
tem três protagonistas centrais: os governantes locais e regionais,
as empresas privadas e as organizações sociais. A primeira etapa
consiste em identificar processos e diálogos já iniciados em
algumas regiões e, a partir daí, pretende-se criar incentivos
específicos para o setor privado com intuito de promover mais
desenvolvimento e promover mais diálogos entre as regiões
colombinas.
O
coordenador da ONU, Fabrizio Hochschild, salienta que os processos de
reconciliação não são fáceis e que, muitas vezes, duram décadas.
Segundo ele, a conciliação começa com tolerância e concentração
de esforços para construir confiança, caso não exista isso não é
possível ter paz.
Os
processos de reconciliação iniciados na África do Sul, El
Salvador, Irlanda do Norte e Chile, servem de exemplos e demonstram
que é possível implantar uma reconciliação efetiva na Colômbia
também. Portanto, essas experiências de iniciativas de
reconciliação pelo mundo dão força para o projeto na Colômbia.
Além disso, a reconstrução da confiança do povo e a esperança de
desenvolvimento e de amparo para a sociedade colombiana, ganham força
com as ações de diálogos e troca de experiências entre as regiões
que mais sofrem.