"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sábado, 15 de fevereiro de 2014

Comunicado Conjunto Nº 32


La Habana, 13 de fevereiro de  2014.
As delegações do Governo e das FARC-EP na Mesa de Conversações informam que:


Temos trabalhado sem pausa ao longo deste ciclo de conversações e iniciamos a construção de acordos sobre o ponto “Solução ao problema das drogas ilícitas”, concretamente no primeiro sub ponto, “Programas de substituição de cultivos ilícitos. Planos integrais de desenvolvimento com participação das comunidades na elaboração, execução e avaliação dos programas de substituição e recuperação ambiental nas áreas afetadas por ditos cultivos”.


Estamos comprometidos no propósito de encontrar uma solução definitiva ao problema dos cultivos de uso ilícito. Pelo momento, podemos dizer que temos os primeiros esboços sobre os lineamentos ou bases dessa solução.


Estamos de acordo em que a essência da qualquer solução se enquadra na Reforma Rural Integral [ponto um da agenda] e que a solução definitiva deve surgir de uma construção conjunta que envolve as comunidades na elaboração, execução, seguimento, controle e avaliação dos planos.


Um elemento importante é o fortalecimento da presença institucional do Estado nos territórios afetados, promovendo o desenvolvimento integral e a satisfação dos direitos de todos os cidadãos, garantindo a segurança, a convivência e a observância e proteção dos direitos humanos, de tal maneira que se assegure o respeito e a aplicação dos princípios e normas do estado social de direito.


Somos também conscientes que, dada a diversidade que caracteriza as regiões da Colômbia, qualquer intervenção deve ter um enfoque diferenciado, refletido nos planos que se construam com as comunidades de tal forma que reconheçam as necessidades, características e particularidades econômicas, culturais e sociais dos territórios e das comunidades, garantindo a sustentabilidade sócio ambiental.


Outro objetivo é contribuir para o fechamento da fronteira agrícola, à recuperação dos ecossistemas e ao desenvolvimento sustentável, para o qual se apoiarão os planos de desenvolvimento de diferentes formas de organização e associação como as Zonas de Reserva Campesina constituídas ou as que se constituam, quando coincidam com os territórios afetados pelos cultivos ilícitos.
Sobre estes lineamentos estamos elaborando soluções.


Esperamos continuar avançando nos acordos a partir do próximo 24 de fevereiro, dia em que iniciaremos uma nova rodada de conversações.


Entretanto, analisaremos separadamente as diferentes propostas que cada delegação apresentou na Mesa.
Recebemos aos porta-vozes dos governos de Chile e Venezuela, países acompanhantes do processo, aos quais informamos sobre a marcha das conversações e ouvimos suas propostas. Agradecemos sua presença.


Agradecemos a Cuba e Noruega, países garantidores, por seu permanente apoio e acompanhamento nas conversações.