"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Quais serão as razões para persistir na fracassada política?


Ante o anúncio, feito com pompa e circunstância pelo governo nacional, sobre o reinício das aspersões aéreas no próximo 15 de fevereiro, surgem muitas interrogantes e certezas.


Tem relação direta a decisão com a paz? Claro. Se nestes momentos o tema de trabalho da Mesa de Conversações em Havana é a solução ao problema das drogas ilícitas. São decisões que impactam a Mesa, isso é inegável. Não seria uma excelente mostra de boa vontade de parte do governo suspender a criminal prática? Outro claro, no entanto ao estabelecimento não lhe importa esse tipo de mensagens.


Juan Manuel Santos e seu governo estão interessados em construir acordos para a solução incruenta do conflito armado e social? As perorações sobre a paz são certas ou pura demagogia? São interrogantes pertinentes ante a incoerência, pois, ainda que a mensagem fale de paz, os fatos são a continuação das políticas que têm causado a confrontação.


Se bem é certo, o “nada está acordado até que tudo esteja acordado” faz parte do Acordo Geral de Havana, é necessário gerar condições favoráveis para construir a paz com justiça social e assim responder ao clamor das maiorias nacionais avalizado e com pleno respaldo internacional. As aspersões, como agressão que são, não contribuem nada nesse sentido. A reação dos que sofrem esse atentado, mobilização, resistência, luta, paralisações e outras formas de protesto são previsíveis e com toda razão.


Quais serão as razões para persistir na fracassada política? A guerra contra as drogas declarada há mais de 40 anos pelos Estados Unidos e imposta a seus satélites fracassou, há vários anos o afirmam estudiosos do tema, até a Casa Branca o reconhece em público. A prova mais importante é proporcionada pela realidade, esse não é o caminho. Portanto, razões não existem.


O que obriga a essa insistência perversa? A abjeta submissão, não há outra explicação. Ou de repente se os negócios e negociados em torno ao tema que enriquecem a vários e mantêm altos lucros para os contratistas da guerra. Podemos perguntar à transnacional Monsanto por sua rentabilidade.


Não aprendemos da experiência? Não, em definitivo, o estabelecimento não aprende e confia na má memória do povo colombiano e suas organizações. O desastre gerado pela criminal prática está demonstrado e denunciado, entre outros, enfermidades em humanos e animais, envenenamento de águas e esterilização de solos, destruição de colheitas e cultivos; outra prova é a apressada conciliação com o Equador, ao prever uma condenação é mostra clara do rechaço a esse tipo de práticas.


Não se abrigam dúvidas sobre o dano das aspersões aéreas ao meio ambiente, à saúde dos habitantes dos territórios onde se realiza, aos cultivos e colheitas com um negativo impacto na economia campesina e por extensão na soberania alimentar.


É necessário transitar caminhos de soluções reais. Os campesinos cultivadores e os doentes consumidores são os elos mais frágeis da cadeia; resolver as condições de vida digna produto do trabalho para uns e programas de saúde e prevenção para outros é passo inicial delas.