São necessárias novas medidas de desescalada.
As
FARC-EP registramos como positiva a decisão presidencial de
suspender os bombardeios contra nossos acampamentos, num gesto que se
corresponde com a ordem ministrada pelo Secretariado das FARC-EP de
cessar todo tipo de ações ofensivas contra a Força Pública e a
infraestrutura pública e privada em todo o país a partir do último
20 de julho. Sem dúvida, a determinação do senhor presidente é
uma medida que contribui para gerar um clima de confiança propício
para avançar na discussão dos temas pendentes do Acordo Geral de
Havana.
Em
meio a um novo ambiente que se começa a gerar, depois do acordo
firmado pelas partes no último 22 de julho, conhecido sob o título
“Agilizar em Havana e desescalar em Colômbia”, se faz necessário
acordar novas medidas que aprofundem e consolidem este processo de
desescalada, para que cada vez seja mais remota a possibilidade de
que este esforço possa se lançar a perder.
Tal
como ficou consignado em nossa ordem de cessar-fogo ministrada a
todas as unidades: “Nenhuma unidade das FARC-EP está obrigada a se
deixar golpear por forças inimigas e terá todo o direito ao
exercício de sua legítima defesa em caso de ataque”.
A
propósito, queremos chamar a atenção sobre fatos recentes que
sucederam nos estados do Cauca e Nariño, onde o avanço das
operações terrestres contra as posições insurgentes pôs em risco
o cessar-fogo unilateral das FARC-EP. Somente a prudência das
unidades guerrilheiras tem evitado que se apresentem fatos
lamentáveis nestes casos.
La
Habana, Cuba, sede dos diálogos de paz, 28 de julho de 2015
DELEGAÇÃO
DE PAZ DAS FARC EP.
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Equipe
ANNCOL - Brasil