"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 23 de março de 2007

Assim que se fala, Piedad

“À você não foram as luzes, como disse Petro, como tampouco foram aos que protestaram energicamente em Bogotá durante a recente visita do mandatário do Império. Denunciar a máfia narco-paramilitar presidida por Uribe não é “vil ofensa contra Colombia” como fingem o Ministro do Interior, o cardeal Rubiano, César Gaviria e outros cúmplices da “Segurança Democrática” que confundem a Colômbia com as máfias que tomaram o governo”, escreve o Movimento Bolivariano pela Nova Colômbia, na clandestinidade.


Camilo Osorio e Alfonso Cano chefe do MBNC, em conferência, nos diálogos anteriores.


[Movimiento Bolivariano por la Nueva Colombia-Bloque Caribe FARC-EP]

O discurso da senadora Piedad Córdoba no marco do Seminário ideológico do PT em México DF denunciando o ilegítimo governo do senhor Uribe, governo mafioso e narco-paramilitar, é a voz do decoro da maioria dos colombianos que resiste em calar-se e que reclama uma solução diferente para o país.

Estamos cansados das arbitrariedades e do horror da “Segurança Democrática” pró-yankee, de ter que suportar um governo imposto com sangue, fraude e cocaína. Cansados de uma institucionalidade pútrida afundada até a coroa que o mundo assombrado passou a conhecer com o nome de “narco-para-política”, um dos tantos apelidos para Terrorismo de Estado.

Como disse Piedad, os governos verdadeiramente democráticos –não só da América Latina, como do mundo –deveriam romper relações diplomáticas com essa máfia assassina que governa de Bogotá.

O governo da Colômbia é ilegítimo e ilegal, aqui e no Cafarnaum. De qualquer ângulo que se olhe é um governo repugnante pela criminalidade que represental.

Só o embaixador gringo disse que “mais legítimo que o governo da Colômbia não há outro no mundo”. Se não soubéssemos que isso é o que lhe ditam de Washington poderíamos confundi-lo com um pobre mentecapto da diplomacia, ainda que não estejamos seguros de que não o seja.

Para o mundo civilizado é um absurdo que Washington apóie essa imunda máfia empodrecida no Palácio de Nariño, mas na Colômbia bem se sabe que Uribe e Bush “são baratas do mesmo ninho”.

Por algum motivo a bananeira estadunidense “Chiquita Brand’ financiou por vários anos os massacres paramilitares no Urabá e Magdalena. Desde 1828, quando se chamava “United Fruit Company”, essa empresa violenta escreve com sangue a exploração do operário bananeiro da Colômbia. E a carvoeira Drummond também deve ser investigada pelo assassinato sistemático de líderes sindicais e de população civil que rodeia as minas a céu aberto e a via férrea.

Quando o embaixador Wood afirma que “a narco-para-política é a cura, não a doença”, está defendendo a vinculação do governo dos Estados Unidos com esse engendro criminal que lesiona a pátria e faz sangrar o país.

O povo da Colômbia necessita da solidariedade de todos os povos do mundo; que se condene este mal governo fascista dirigido por Washington, desgraça nacional e ameaça para a América Latina e o Caribe.

Assim fala Piedad. À você não foram as luzes, como disse Petro, como tampouco foram aos que protestaram energicamente em Bogotá durante a recente visita do mandatário do Império. Denunciar a máfia narco-paramilitar presidida por Uribe não é “vil ofensa contra Colombia” como fingem o Ministro do Interior, o cardeal Rubiano, César Gaviria e outros cúmplices da “Segurança Democrática” que confundem a Colômbia com as máfias que tomaram o governo.

O Movimento Bolivariano pela Nova Colômbia convoca as forças democráticas e revolucionárias do país a continuar os passos que conduzem à construção de uma alternativa decente de governo, que se proponha a solução política do conflito, que repudie o guerreirismo opressor do Comando Sur, que abra as portas ao processo de paz através da troca humanitária de prisioneiros, que exija a saída das tropas estrangeiras da Colômbia, e que torne possível pela primeira vez o exercício da democracia verdadeira, a soberania plena e diante de toda igualdade e justiça social. Uribe deve renunciar por ser ilegítimo e ilegal.

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