Continua a disposição ao intercâmbio humanitário
Afirmam as FARC no Documento ao Defensor do Povo em entrega unilateral de Polícias realizada em Toribío Cauca sexta-feira passada (9 de março. “(...) nessa ação humanitária, as FARC enviam um documento ao senhor Defensor Nacional do Povo indicando que continuam dispostos ao Intercâmbio Humanitário, onde reiteram a disposição de concretizar o intercâmbio dos prisioneiros de guerra (...)” anunciou o doutor Victor Meléndez quem cumpriu um importante trabalho de mediação no marco do conflito interno colombiano.
Comandantes das Farc na cordilheira central da Colômbia
[Athemay Sterling/ VOZ/CDH]
Toribío, de 412 quilômetros quadrados, onde predomina a cultura Paez, localizado na cordilheira central dos Andes Colombianos a 1737 metros acima do nível do mar, com população de maioria camponesa e indígena de quase 30 mil habitantes foi cenário de uma “(...) ação unilateral humanitária por parte das FARC, organização armada que liberou os Agentes de Polícia Jefferson Muñoz e Arturo Pérez em cumprimento às normas do Direito Internacional Humanitário (...) que segundo os comandantes Cristian e Jaime da sexta frente das FARC faziam esta liberação como um gesto sensível ao sentimento em prol do Intercâmbio Humanitário (...)” indicou o Defensor Regional do Povo no Cauca, doutor Victor Meléndez ao Diretor do Centro de Direitos Humanos e Interpretação Política da Universidade Santiago de Cali.
“(...) devo ressaltar a função mediadora e facilitadora da Defensoria Regional do Povo (...) da mesma forma o apoio da Defensoria Nacional dirigida pelo doutor Wolmar Pérez, do CICR e sua Delegada, do Cura Párroco de Toribío e a Personería Municipal (...) ações que permitiram a liberação destes integrantes da Polícia Nacional que estavam em poder das FARC desde 28 de Fevereiro e foram entregues por iniciativa das FARC em um local montanhoso na presença dos meios de comunicação (...)” continuou afirmando o doutor Victor Meléndez responsável pela Defensoria do Povo no estado de Cauca.
“(...) nessa ação humanitária, as FARC enviam um documento ao senhor Defensor Nacional do Povo indicando que continuam dispostos ao Intercâmbio Humanitário, onde reiteram a disposição de concretizar o intercâmbio dos prisioneiros de guerra (...)” anunciou o doutor Victor Meléndez quem cumpriu um importante trabalho de mediação no marco do conflito interno colombiano.
Toribío conta apenas com uma Faculdade de Bacharelado que abriga 130 alunos e 10 professores, uma escola primária com 380 estudantes e apenas 12 professores em sua zona urbana; e a zona rural com 42 Instituições Educativas com uma matrícula de dois mil e oitocentos estudantes, ficando de fora o mesmo número de estudantes, ansiosos para estudar.
Seus principais Distritos são Tacueyó, La Despensa, Rio Negro, El Tablazo, La Cruz, López, Nátala, San Francisco, La Fonda e Santo Domingo, territórios Tunibios, como se chamavam seus primeiros indígenas, que devido à resistência comandada pelo Cacique Coyaima infringiram várias derrotas aos colonizadores espanhóis, obrigou a ser várias vezes fundado esse município, que segue na espera de Paz com Justiça Social.
Toribío, Município caucano, cortado lindamente como um poemoa pelo Rio Palo, Rio Chiquito, Jambaló, e muitas quebradas, riachos, rodeado de admiráveis montanhas como o Páramo Santo Domingo, as Cuchillas del Congo, Os Alpes, Tierra Blanca, fronteira com Tolima, sempre foi cenário de lutas pela primeira, e agora pela segunda independência.
Proposta do CDH-USC para obter provas de sobrevivência
Nas circunstâncias da atual conjuntura do Intercâmbio Humanitário, o Centro de Direitos Humanos e Interpretação Política da Universidade de Santiago de Cali reiterou que “(...) humanitária e juridicamente não garante a via sangrenta do resgate ,(...) e diante da justa solicitação de provas de vida e/ou sobrevivência dos detidos pela insurgência, solicitada pelos familiares, o CDH-USC se propõe como intermediário, utilizando os avanços científicos como o da Telemedicina da nossa Universidade; (...) proposta para que seja estudada pelas partes, atendendo que hoje, pela intensidade do conflito armado interno, são difíceis de concretizar; e caso não aceitem a proposta: que parem temporariamente os combates para facilita-las; (...) e por outro lado, diante das denúncias dos familiares dos insurgentes mantidos nas penitenciárias, solicita ao Estado proteção para eles e seus parentes e amigos, que estão sendo ameaçados e hostilizados (...) eles também são colombianos, com seus direitos e deveres constitucionais, tudo dentro da normalidade sobre DDHH e DIH (...) que lhes dá a proteção, pelo menos jurídica (...) falta a real”.
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