Reyes: “dona Yolanda adora sua filha”
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(ela)... deseja tornar a vê-la viva junto a ela, ao lado de seus filhos, familiares e amigos, por esta razão de sensatez espera seja libertada sem maiores riscos para sua vida e integridade física. Ela sabe que ao governo só interessa conseguir felicitações da Casa Branca para pedir mais dólares que logo põe na guerra e consome a corrupção governamental. Assim como se trata de salvar seu minguado prestígio para limpar-se do lastro do escândalo pelos reconhecidos vínculos e compromissos com os assassinos do povo e os trabalhadores, seus esquadrões de paramilitares”. Não temos interlocutor para o intercâmbio. Afirma estre outras coisas, Raul Reyes, dirigente das FARC em entrevista exclusiva concedida à Agência de Notícias Nova Colômbia, ANNCOL.
[ANNCOL]
O vice-presidente Francisco Santos afirmou que “só recorrerão a um resgate militar dos reféns em mãos da guerrilha das FARC, se estiverem completamente certos do êxito da operação”, numa entrevista concedida ao cominical francês “Le Journal du Dimanche.
ANNCOL: Comandante Raul, o que o senhor opina sobre esta afirmação do vice-presidente colombiano, quando o presidente Uribe, nos quartéis do exército, pelo contrário, iradamente exige o resgate à força?
RR: O chefe constitucional da força pública é o Presidente Uribe, homem preso ao delírio de resgatar a sangue e fogo os prisioneiros em poder das FARC, inimigo por demais vigoroso da permuta ou troca humanitária. Leva quatro anos sonhando com esse resgate, sem consegui-lo, não por carecer de decisão presidencial nem de homens em quantidade suficiente dedicados a essa arriscada aventura. Funcionários de baixo escalão do governo, ao ser assediados pelos europeus com perguntas sobre a urgência do intercâmbio, dizem qualquer bobagem fora de contento, para mudar de assunto e tratar de salvar seu chefe das reclamações.
ANNCOL: Santos disse, com respeito aos países amigos do intercâmbio, “o Executivo autorizou novamente aos países amigos – Espanha, França e Suíça – a que retomem as discussões”. As FARC estão na mesma dinâmica?
RR: A dinâmica das FARC na incessante busca do Intercâmbio se mantém, porém cada dia é mais evidente a ilegitimidade do governo atual, ao ponto que na prática ficamos sem interlocutor com autoridade e capacitado a assumir o compromisso de firmar o acordo com a libertação dos intercambeáveis. Se necessita, com urgência, um novo governo fiador das saídas políticas para o conflito social, político e armado, começando pela troca de prisioneiros.
ANNCOL: “As FARC não têm a menor intenção de abrir um diálogo e não se preocupam minimamente com a sorte de Ingrid e dos outros reféns”, assinalou ao periódico francês. Comandante, o senhor compartilha dessa apreciação do senhor Santos?
RR: às palavras néscias ouvidos surdos, assim respondemos às mentiras diárias do governo da narco-para-política.
ANNCOL: Disse igualmente que quando esteve seqüestrado por Pablo Escobar Gaviria, primo do atual presidente, “só o que queria era que o Exército viesse me libertar”. É esse o sentimento de todos os detidos em poder de vocês?
RR: Essa afirmação é falsa. Enuanto os prisioneiros não percam sua moral, amem de verdade a si e sintam amor por sua família, desejam antes de tudo regressar ao seio de seus lares, sãos e salvos.
ANNCOL: A mãe de Ingrid, a senhora Yolanda Pulecio, reiterou sua oposição ao resgate de sua filha por via violenta, “se aparece morta depois de uma operação vão dizer (o governo) que foram as FARC e pronto”. Qual sua impressão sobre esta afirmação de dona Yolanda?
RR: Dona Yolanda adora sua filha, deseja tornar a vê-la viva junto a ela, ao lado de seus filhos, familiares e amigos, por esta razão de sensatez espera seja libertada sem maiores riscos para sua vida e integridade física. Ela sabe que ao governo só interessa conseguir felicitações da Casa Branca para pedir mais dólares que logo põe na guerra e consome a corrupção governamental. Assim como se trata de salvar seu minguado prestígio para limpar-se do lastro do escândalo pelos reconhecidos vínculos e compromissos com os assassinos do povo e os trabalhadores, seus esquadrões de paramilitares.
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