"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 21 de março de 2007

Pradera e Florida prontos para o intercâmbio humanitário

É o que afirmam os habitantes dos dois municípios, sempre e quando se produza a apresentação da proposta, que facilite e crie as condições favoráveis para o início das conversações como exige a comunidade internacional, os democratas e defensores dos DDHH e do DIH, os países amigos, as igrejas, os familiares das pessoas privadas de sua liberdade, umas em poder da insurgência em selvas e cordilheiras, outras confinadas a cárceres e também as extraditadas ilegalmente.


Sonia e Simon na lista do intercâmbio!


[Athemay Sterling]

“Estamos prontos!”, disse o Senhor Prefeito de Pradera, Luis Orlando Mina, “(...) Pradera está disposta a ser território para o intercâmbio humanitário, tudo que seja em prol desta ação humanitária recebe nosso apoio e aprovação, pois Pradera é um município pacífico, não queremos que nos estigmatizem; só dissemos que o intercâmbio humanitário é necessário (...) e é isso: só humanitário, não podemos amarrar a isso propostas diferentes, nem de obras, nem de nada parecido, pois com intercâmbio ou sem ele, nossa obrigação é faze-las (...)”

Na mesma Reunião da Comissão de Impulso ao Intercâmbio Humanitário promovida pela Mesa Diretora da Assembléia Estadual do Valle del Cauca e realizada no Salão de Plenários, Hugo Venâncio, prefeito de Florida ratificou seu apoio ao manifestar que “(...) o que foi dito pelo prefeito de Pradera é muito decente, coincidimos no tema do Intercâmbio Humanitário, pois a obrigação do Estado é proporciona-lo... temos que pressionar para que as pessoas afetadas possam voltar a seus lugares (...)”

O prioritário é a despejo

Athemay Sterling, Diretor do Centro de Direitos Humanos da USC, realçou aos assistentes na Assembléia Estadual do Valle que “(..) nessa assembléia se comprovou uma vez mais que o obstáculo para o intercâmbio humanitário, não parte da comunidade, como se tem pretendido fazer acreditar ao estigmatiza-la e detê-la massivamente; tampouco parte de suas autoridades locais, pois elas aqui apóiam essa ação humanitária (...) o obstáculo parte do Estado que tem a obrigação convencional, internacional, constitucional e legal de proporcionar o cumprimento de toda essa normalidade vinculante (...) o que hoje fazemos aqui é tentar criar condições favoráveis para o Intercâmbio Humanitário, como deve ser despejo imediato de todos os municípios, o fim da estigmatização e das detenções em massa de sua população, e igualmente acabar com as investigações e arquivas esses processos que se dizem irregulares; (...) a desmilitarização e o possível acordo resultante das negociações é só entre as FARC e o Estado, ainda que tenham relação, são coisas diferentes; por agora é necessário que se despejem esses dois municípios, e isso corresponde ao Estado (...) é o prioritário (...) recordem vocês que a insurgência das FARC em seus comunicados e entrevistas nos meios de comunicação tem nomeado seus porta-vozes... e a proposta de Florida e Pradera surgiu deles, e taticamente o Estado aceitou, mas objetivamente ocupou militarmente de maneira desnecessária esses municípios que se reclamam prontos para o Intercâmbio Humanitário(...)”.

Locais, camponeses e indígenas afirmaram “(...) disposição ao intercâmbio humanitário, e no caso do nosso território, que não nos deixem sozinhos, que não nos estigmatizem; pois o governo deve combinar proteção e também inversão social (...)”

Não ao resgate militar

Ângela Giraldo, Gestora de Paz e Convivência do Valle ratificou o seu “(...) compromisso pessoal e institucional com o intercâmbio humanitário (...) já é hora do regresso dos seqüestrados a seus lugares, pois se a retenção dos disputados era política, já se cumpriu esse objetivo político, trata-se agora de liberá-los mediante o intercâmbio humanitário...e não mediante o resgate militar que poria em perigo suas vidas (...)” igualmente o afirmaram os Deputados Marino de Rio e Álvaro Giraldo, Presidente e Vice-presidente da Duma Estadual.

Estudantes agrupados na Plataforma Inter Universitária de DDHH se expressaram “(...) a favor do intercâmbio homanitário como uma forma de diminuir a intensidade do conflito que tem profundas raízes sociais, econômicas e políticas, nos comprometemos aqui junto a todas e a todos ao impulso do Mandato pelo Intercâmbio Humanitário que terminará com a tomada da Plaza de Bolívar de Bogotá com todas as assinaturas que conseguimos reunir no Abaixo assinado pelo Intercâmbio Humanitário e contra o resgate a sangue e fogo dos prisioneiros (...)”

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da França Jean Baptiste Mattei indicou a Telesur. “(...) estamos disponíveis para ajudar um Intercâmbio Humanitário mas por via pacífica (...) Nós lançamos uma iniciativa junto à Espanha e Suíça para favorecer um acordo humanitário. Estamos dispostos a seguir trabalhando por este caminho mas insisto: por meios pacíficos (...)”

Proposta para provas de sobrevivência

O centro de Direito Humanos da Universidade Santiago de Cali plantou na cabeça do seu diretor que “(...) humanitária e juridicamente não garante a rota sangrenta do salvamento militar, nem nós pensamos que essa ciência e a técnica seja devido ao uso para estes propósitos que põem em risco a vida dos detidos, elas devem ser usadas para o benefício da humanidade; (...) neste marco, diante da solicitação de provas de vida ou sobrevivência dos detidos pela insurgência, se propõe como intermediário, utilizando os avanços científicos como o da Telemedicina da nossa Universidade, proposta para que seja estudada pelas partes, entendendo que hoje, pela intensidade do conflito armado interno, são difíceis de concretizar, e se não se aceita a proposta: que cessem temporariamente os combates para facilita-las ;(...) e por outro lado, diante das denúncias de familiares dos insurgentes detidos nas penitenciárias, solicita ao Estado proteção para eles e seu parentes e amigos, que estão sendo ameaçados e hostilizados (...) eles também são colombianos, com seus direitos e deveres constitucionais, tudo dentro da normalidade.

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