Repúdio à intervenção dos Estados Unidos na Colômbia.
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Conclama a “Associação Jaime Pardo Leal” em mensagem enviada à redação de ANNCOL. Segundo Ceclia Calero, presidente desta organização de exilados colombianos na Suécia, “vamos protestar em frente à embaixada dos Estados Unidos, em Estocolmo, para denunciar, diante da comunidade e meios de comunicação suecos, o sangrento conflito colombiano apoiado fundamentalmente por Washington e a sutil cumplicidade dos governos da União Européia, e, igualmente pela liberação dos manifestantes populares, como Simón e Sonia ilegalmente extraditados aos Estados Unidos.”
Sonia e Simon foram extraditados aos Estados Unidos porque lutam contra a fome, a miséria e a exploração de milhões de colombianos.
[ANNCOL]
Neste sábado, ao meio dia do dia 24 de março, convocamos todas as organizações solidárias com a Colômbia para protestarem contra a intervenção criminosa dos Estados Unidos em nossa querida e saudosa Colômbia, afirma Ceclia Calero.
A intervenção da Casa Branca nos assuntos internos da Colômbia é total, explica-nos Cecília, “os gringos dominam todos os espaços de nossa vida. A justiça e a economia, para citar apenas dois exemplos, são dirigidas por eles visando seus próprios interesses, contando, para isso, com a benevolência submissa [nota de tradução: no original, “benevolencia cipaya”, em que cypaia eram pessoas dos povos originais que colaboravam com os exércitos invasores] da direção liberal conservadora colombiana. Todos os planos de agressão como o pomposo “Plano Colômbia”, são elaborados nas oficinas da Casa Branca e aceitos sem pestanejar pelos governantes colombianos”.
A Europa não tem uma política exterior própria.
À pergunta: o que faz a União Européia em relação ao conflito social e armado que atravessa a Colômbia, Cecila nos diz: “A maioria dos governos europeus está submetida ao que diga e faça o presidente Bush. Por exemplo, o senhor Carl Bildt, Ministro do Exterior da Suécia, critica Cuba pela violação dos direitos humanos na ilha e blablablá... Porém, pelo que se sabe, lá as pessoas não morrem de fome, todos vão à escola, ninguém morre nas portas dos hospitais, não matam a oposição nem massacram povoados inteiros; na Colômbia, tudo ao contrário. E está provado até a exaustão que o governo de Uribe é um mafioso, promotor e chefe do paramilitarismo que assassina pessoas indefesas”.
Chiquita Brand financia os paramilitares.
A imprensa democrática dos EUA descortinou outro escândalo: o da companhia bananeira Chiquita Brand que tem grandes inversões na região de Urabá dominada pelos Paramilitares e que financiou com milhões de dólares e armas os massacres cometidos por estes. Segundo denúncias a serem comprovadas, também financiou as campanhas eleitorais do presidente Uribe Vélez ao governo de Antioquia e à presidência da república. Qual sua opinião sobre isso?
“Cada dia aparecem novos escândalos nos meios de comunicação ligados ao governo, que já não podem ocultar por mais tempo toda esta realidade, e que mostram o seguinte: Que o chamado Narco-Para –Urbismo auspiciado e patrocinado generosamente por Wasghinton, é uma realidade monstruosa que ninguém mais se atreve a negar. Esta denúncia das eleições da Antioquia deve ser totalmente esclarecida”.
Finalmente, Cecília Calero explica-nos o que será feito no próximo dia 24 de março, “vamos protestar em frente à embaixada dos Estados Unidos, em Estocolmo para denunciar diante da comunidade e mios de comunicação suecos o sangrento conflito colombiano apoiado fundamentalmente por Washington e a sutil cumplicidade dos governos e da União européia, igualmente pela liberação dos manifestantes populares, como Simón e Sonia ilegalmente extraditados dos Estados unidos.”
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