Vice-presidente Santos ataca o governo sueco
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O vice-presidente colombiano, Francisco Santos, em declarações concedidas ontem, dia 4 de março de 2007, ao noticiário Caracol TV, sobre a realização do Fórum sobre o Conflito Interno Colombiano e o julgamento dos membros das FARC, Simon Trinidad e Sonia, desrespeita o Governo e o Estado Sueco e ataca a Associação Jaime Pardo Leal (AJPL). Fachito Santos disse: “Já houve um protesto formal com a embaixadora da Suécia porque na verdade um... ou joga aqui ou joga lá... um não pode ser facilitador de paz por um lado e fomentador da guerra por outro.”
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O vice-presidente colombiano, Francisco Santos, em declarações concedidas ontem, dia 4 de março de 2007, ao noticiário Caracol TV, sobre a realização do Fórum sobre o Conflito Interno Colombiano e o julgamento dos membros das FARC, Simon Trinidad e Sonia, desrespeita o Governo e o Estado Sueco e ataca a Associação Jaime Pardo Leal (AJPL).
Fachito Santos disse: “Já houve um protesto formal com a embaixadora da Suécia porque na verdade um... ou joga aqui ou joga lá... um não pode ser facilitador de paz por um lado e fomentador da guerra por outro, que possa fazer essa apologia ao terrorismo que faz a fundação Jaime Pardo Leal, que além do mais um de seus filhos disse que (por favor não sei o nome dele) não está de acordo com o que esta organização faz. O que estamos averiguando é quem é esta menina, que parece por enquanto que...é filha de um guerrilheiro muito importante”.
Essas declarações são muito desrespeitosas para com o Governo Sueco, que têm apoiado o processo que o governo de Álvaro Uribe encaminha com as bandas de narco-paramilitares. Parece que o vice-presidente colombiano acredita que está falando com algum de seus empregados do jornal El Tiempo, com os quais está acostumado a gritar e espernear cada vez que dá os seus chiliques histéricos.
Na Suécia vivemos uma verdadeira e real democracia na qual impera o respeito pelo ser humano, pelas opiniões de todos e de cada um dos habitantes desse belo país, e onde adquire um significado concreto a expressão Direitos Humanos. Na Suécia não se persegue a quem pense diferente nem seja diferente, muito menos é assassinado pelas suas opiniões políticas. O governo e o estado Sueco sabem muito bem os antecedentes das pessoas as quais concede o asilo político. Por isso não acreditamos que seja o vice-predidente Francisco Santos, nem nenhum funcionário colombiano, o mais autorizado para dar-lhe aulas de valores morais ou princípios éticos ao povo sueco nem ao seu governo.
O Vice-presidente colombiano também agride à Associação Jaime Pardo Leal – não é fundação – ao acusa-la de fazer “apologia ao terrorismo” pela simples razão de que não adota uma posição benevolente diante das escapadas dos funcionários governamentais como ele. Santos agride a Cecília Calero, mulher orgulhosamente colombiana de nascimento mas cidadã sueca, e lança um “blefe” de acusação – aplicando o princípio fascista “minte, mente, que da mentira algo fica” – de ser ‘filha de um guerrilheiro muito, muito importante’, que lembrou muito as armações contra Freddy Muñoz – correspondente de Telesur – Horacio Duque, e as acusações contra Carlos Lozano Guillén, Gustavo Petro e Carlos Gaviria, do PDA.
A AJPL é uma organização de exilados colombianos, integrantes em sua maioria do PCC e da U.P., organizações populares de esquerda que tem agüentado o mais sangrento genocídio contra uma organização política que se tem conhecimento na história, e durante a administração de Álvaro uribe Vélez foram assassinados 160 militantes delas pelas balas assassinas do Terrorismo de Estado. Ressaltamos que desde que o presidente Álvaro Uribe Vélez iniciou as acusações aos membros do PDA, foram assassinados 10 militantes dessa organização de oposição na Colômbia.
É também uma constante o ataque de funcionários da embaixada colombiana em Estocolmo contra os membros da AJPL quando estes fazem ações de protestos e denúncias contra os desaforos que comete o regime uribista. A AJPL levou tal situação ao conhecimento das autoridades suecas e têm recorrido à exigências perante a policia sueca.
O Fórum que se realizará dia 12 de março de 2007 na ABF, conta com o apoio da própria ABF, a AJPL, a Associação Victor Jará – de chilenos exilados – e de RESOCAL, e nele se informará e se dialogará sobre a situação do Conflito Interno colombiano em todas as suas facetas e se informará aos assistentes sobre os julgamentos que faz o governo dos Estados Unidos contra os guerrilheiros das FARC-EP, Sonia e Simon Trinidad.
Não entendemos o pití histérico dos funcionários governamentais colombianos. Seus esforços e energias deveriam ser mais bem dirigidos em explicar à comunidade internacional o envolvimento irrefutável das forças militares com as bandas narco-paramilitares, a estreita ligação dos políticos do Uribismo, especialmente o Partido “da U” – da qual fazem parte e comandam o vice-presidente Santos e o ministro de Defesa Juan Manuel Santos – com essas bandas de criminosos, cujos mais destacados expoentes estão hoje na prisão por odem da Corte, e a persistente e consentida violação dos direitos humanos por parte das forças militares-narcoparamilitares.
O presidente Álvaro Uribe Vélez e o vice-presidente Francisco Santos deveriam focar seus esforços em esplicar, por exemplo, ao representante da Câmara dos Estados Unidos, James McGovern, a responsabilidade do estado nos crimes de Lesa Humanidade cometidos pelas forças militares-narcoparamilitares, a explicar porque estão presos parlamentares dos partidos “uribistas”, e explicar à comunidade internacional porque à cada ano os organismos de Direitos Humanos, entre eles os da ONU, tem condenado o estado e governo colombianos, por essas violações, iguais às que fez o próprio James McGovern no passado.
A partir da ANNCOL nos solidarizamos com os membros da AJPL e com eles dizemos: Camarada Jaime Pardo Leal, teu pensamento revolucionário, teu exemplo, guia hoje nossos passos. Em cada membro da AJPL vives eternamente!
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