"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 21 de março de 2007

Convocatória ao Primeiro Encontro Nacional de Solidariedade com as Lutas do Povo Colombiano

As organizações e indivíduos pertencentes ao Movimento Mexicano de Solidariedade com as Lutas do Povo Colombiano (MMSLPC) fazemos um amplo chamado a participar do Primeiro Encontro Nacional de Solidariedade com as Lutas do Povo Colombiano, que será realizado nos dias 10 e 11 de março de 2007, no Auditório da Aliança de Tranviarios do México, localizado em Dr. Lucio Nº. 29, Col. Doctores, Cidade do México.


Solidariedade com o povo colombiano!


[ANNCOL]

CONSIDERANDO

  1. Que traz a entrada em vigor do Plano Colômbia no ano 2000, a intervenção yankee na Colômbia cresceu de maneira descomunal, ferindo gravemente a soberania da nação irmã sul-americana e colocando em risco a estabilidade da região.
  2. Que a aplicação do Plano Patriota – desenhado e dirigido pelo Comando Sul do exército estadunidense - , destinado ao extermínio da insurgência, principalmente das FARC-EP, elevou a guerra a níveis nunca antes vistos, afetando principalmente a população civil.
  3. Que a política uribista de “Segurança Democrática” é o instrumento da oligarquia colombiana para aplicar o terrorismo de Estado contra o povo, que padece da permanente suspensão de suas garantias individuais, as prisões indiscriminadas acusando a população de possíveis integrantes do terrorismo ou do narcotráfico, a delação por parte de uma enorme rede de informantes, o estado de exceção permanente, a criação de zonas de “consolidação e reabilitação”, a legalização do paramilitarismo de Estado e a impunidade de seus crimes contra a população civil.
  4. Que a violência oficial reprime o movimento civil, como demonstra a enorme quantidade de sindicalistas, estudantes, indígenas, negros, camponeses e lutadores sociais que tem sido assassinados, torturados, encarcerados, desaparecidos, desalojados, exilados e extraditados pela ditadura civil que Álvaro Uribe Vélez encabeça.
  5. Que combinando todas as formas de luta, o povo colombiano resiste ao fascismo e ao terrorismo de Estado, o qual constitui um exemplo heróico que merece urgente respaldo e solidariedade.
  6. Que a troca de prisioneiros de guerra entra o Estado colombiano e as FARC-EP constitui uma demanda nacional e internacional que tem encontrado obstáculos na falta de vontade política por parte do governo uribista, empenhado em negar a existência do conflito social e armado e em resgatar “à sangue e fogo” os militares, policiais e membros da classe política em poder da insurgência, o que põe em grave perigo suas vidas.
  7. Que o governo de Álvaro Uribe Vélez fomenta a política paramilitar de Estado e a impunidade de seus crimes contra a população civil com nunca antes visto na história da Colômbia, legalizando-o e outorgando-lhe status político, em clara afronta às vítimas dos massacres, das expulsões forçadas, dos assassinatos, das torturas e das inumeráveis atrocidades cometidas por esses grupos criminais.
  8. Que a extradição de cidadãos colombianos para os Estados Unidos – incluindo Sonia e Simon Trinidad –constitui uma grave e inaceitável traição à soberania da Colômbia.
  9. Que o Imperialismo norte-americano e a oligarquia colombiana, buscam apropria-se, através da guerra, dos recursos naturais depositados na Colômbia e na região amazônica, violentando o direito do povo colombiano a preservar e administrar essa riqueza em benefício da humanidade e do planeta.
  10. Que o regime de Álvaro Uribe Vélez representa uma ameaça para os países vizinhos da Colômbia – principalmente para a Venezuela, onde se desenvolve um processo revolucionário baseado no socialismo- e para todos os povos latino-americanos que lutam por sua independência e integração nos marcos da solidariedade e do anti-imperialismo.
  11. Que os planos imperialistas como a ALCA, a Iniciativa Regional Andina, o Plano Colômbia, o Plano Patriota e o Plano Povo Panamá, têm objetivos neocoloniais de saque e dominação, e só podem ser combatidos com êxito mediante a unidade dos povos da América Latina e do Caribe.
  12. Que os governos do México e Colômbia são os expoentes do fascismo na América Latina e os principais promotores da aplicação dos planos imperialistas, como demonstra o compromisso de uribe e Calderón para extender o Plano Povo Panamá até a Colômbia e aplicar no México a política de “Segurança Democrática”.

RESOLVEMOS:

  1. Convocar as organizações democráticas e ao povo do México a participar do Primeiro Encontro Nacional de Solidariedade com as Lutas do Povo Colombiano.
  2. Denunciar e rechaçar o terrorismo de Estado que emprega o governo de Álvaro Uribe Vélez, assim como a ingerência norte-americana na Colômbia.
  3. Fortalecer o MMSLPC como um espaço político, de diálogo e de confluência que induza à solução do conflito social e armado que vive a Colômbia; que organize e estruture as expressões de solidariedade internacionalista com o povo colombiano.
  4. Apoiar a formação de um Novo Governo de Reconstrução e Reconciliação Nacional na Colômbia, patriótico, democrático e pluralista, que se oponha às políticas neoliberais e que contribua para a consolidação da soberania na América Latina e o Caribe.
  5. Impulsionar a solidariedade com os demais povos latino-americanos, caribenhos e do mundo, sobretudo com aqueles ameaçados pela guerra imperialista: Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador, Irã, Coréia do Norte, Palestina e Iraque, principalmente.
  6. Reclamar a repatriação e liberação de Simon Trinidad e Sonia assim como de todos os prisioneiros em poder da oligarquia e do império como os cinco patriotas cubanos.

MESAS DE TRABALHO:

O Primeiro Encontro Nacional de Solidariedade com as Lutas do Povo Colombiano será formado pelas seguintes mesas de trabalho:

Mesa 1. Situação atual na Colômbia

1.1 O terrorismo de Estado na Colômbia
1.2 Resistência popular e movimentos revolucionários
1.3 ALCA, TLC e ofensiva neoliberal
1.4 Aliança fascista e pró-imperialista Álvaro Uribe – Felipe Calderón
1.5 Alternativa anti-fascista e anti-neoliberal rumo à Nova Colômbia
1.6 Política paramilitar de Estado na Colômbia

Mesa 2. Prisioneiros da oligarquia e do império

2.1. Troca de prisioneiros ou Intercâmbio Humanitário
2.2 Soberania e extradições aos E.U.A.
2.3 Revolucionários latino-americanos prisioneiros do império

Mesa 3. Solidariedade, organização e estruturação do MMSLPC

3.1 Propostas de organização do MMSLPC
3.2 Propostas de atividades e jornadas de solidariedade ao povo colombiano
3.3 Difusão e informação da problemática colombiana

Mesa 4. Planos imperiais e integração latino-americana e caribenha

4.1 Plano Colômbia, Plano “Patriota” e “Plano Vitória”
4.2 ALCA e o Tratado de Livre Comércio
4.3 Colômbia e o Plano Povo Panamá
4.4 Bolivarismo e lutas populares pela segunda independência e a integração latino-americana
4.5 Legislações e combate ao “terrorismo” e “narcotráfico” como estratégias imperialistas de dominação e repressão internacional.

Personalidades que respaldam essa iniciativa:

Carlos Fazio (jornalista), José Steinsleger (jornalista), Giberto López y Rivas (investigador), Miguel Urbano Rodrigues (jornalista português), Narciso Isa Conde (revolucionário dominicano), José Enrique González Ruiz (advogado), Jesusa Rodríguez (atriz), Alberto Híjar (investigador), José Antonio Almazán (deputado federal), Ramón Jiménez López (deputado), Nayar López (professor de universidade)

Enviar comunicados com uma extensão não maior à quatro cartilhas, em arial 12 e espaçamento duplo.

Entrega de comunicados ao correio eletrônico movsolcolombia@yahoo.com.mx

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