A visita de Bush

McGovern, congressista estadunidense declarou em sua visita recente à Colômbia que os colombianos podem ficar com Bush quando ele chegar, e que em seguida mandariam Dick Cheney, o vice-presidente. Ambos tem o prestígio de haver desatado a guerra criminal contra o Iraque, causando milhares de mortos de todas as idades e gênero.. escreve Apolinar Diaz – Callejas.

Já temos o suficiente com o hp de Uribe Vélez

[Apolinar Díaz – Callejas]

O presidente gringo George W. Bush chegará a Bogotá no próximo domingo, para visitar por uns minutos o chefe de governo colombiano Álvaro Uribe. Informou há dias que chegaria com 800 soldados norte-americanos disfarçados de civis e que Uribe, por sua vez, organizou a proteção do presidente Bush com vinte e um mil soldados colombianos.

O presidente da Câmara dos Estados Unidos, James P. McGovern, aproveitou seus dias na Colômbia para visitar o setor de Cazucá, chegando até Altos da Florida. Segundo o relato do jornal El Tiempo (edição de 05 de março), único diário de circulação nacional da Colômbia, pró-norteamericano e cada vez mais uribista clandestino, o congressista McGovern entrou em algumas das casas miseráveis em que vivem as pessoas e conversou com uma mulher desalojada que veio de Guaviare.

Na falta de assentos se sentou em uma velha mesa. Se inteirou de que o único serviço que o povo tem é o de energia elétrica e que o município lhes argumenta “que por estarem ilegalmente não podem lhes oferecer os serviços”. McGovern se enfureceu e lembrou que fazia 4 anos desde a última visita sua àquela região e viu que nada tinha mudado. Anunciou que no Congresso Norte-americano de maioria democrata trataria de que o Plano Colômbia não se utilize exclusivamente em ajuda militar mas sim para as vítimas da violência na Colômbia. Deu ênfase no fato de que no Congresso atual dos Estados Unidos mudará o rumo militarista do Plano Colômbia, convertido por Bush e Uribe em instrumento para a guerra e não para a solução dos problemas do povo.

Com um belo sentido de humor McGovern declarou que os colombianos podem ficar com Bush pra eles quando ele vier e que depois nos mandariam Dick Cheney, o vicepresidente. Ambos tem o prestígio de haver desatado a guerra criminal contra o Iraque, causando milhares de mortos de todas as idades e gênero, uma vez que foram destruídos os componentes que compõem a organização social daquele país e foi assassinado o chefe de governo da nação, Saddam Hussain. O povo norte-americano, em sua maioria, repudia essa guerra e a política de Bush, precisamente quando o governo colombiano de Uribe é definido como um dos governantes da América Latina mais submissos e entregues à política de Bush tanto na guerra do Iraque, como no manejo dos problemas de emprego e de caráter social do próprio Estados Unidos. Ao anterior se agrega um novo escândalo do presidente George W. Bush, pois o Washington Post revelou as lamentáveis condições em que “são atendidos os feridos e veteranos das guerras do Iraque e Afeganistão no Hospital Militar Walter Reed, na área metropolitana de Washington”.

O senador democrata Schumer, declarou à respeito que “homens e mulheres estão servindo ao seu país da forma mais honrável e valente possível e tudo o que nós damos à eles é um edifício dilapidado, infestado de ratos”. A questão é tão grave que Bush teve que convocar uma comissão presidencial bipartidarista para que revisem o sistema de saúde que oferece aos soldados. Na Colômbia, pelo contrário, a solução do presidente Uribe para todos os problemas é de mandar mais bala, aumentar a violência, a guerra e prender a milhares de pessoas acusadas de guerrilheiras por delatores que recebem uma quantia para fazê-lo. São testemunhas compradas.

É um ato absurdo usar testemunhas pagas para prender as pessoas comuns da Colômbia. Nisso se parecem, sem dúvida, Bush e Uribe Vélez.

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