Quando um presidente se enlouquece
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Creio que, quando um presidente se enlouquece, o mais sadio para sua própria vida e para a vida dos que nele votaram e dos que não o fizeram é tirar umas longas férias até que possa recuperar o juízo. Claro, supondo que alguma vez o tenha tido... Escreve Ingrid.
[Por Ingrid Storgen]
Novamente, e no marco de uma grande escalada na qual ficou demonstrado ao mundo o estreito vínculo entre o paramilitarismo e as figuras mais elevadas da política colombiana e com o próprio presidente, aparece em cena o aparato do terror.
Esta vez lhe tocou o turno ao jornalista opositor à selvageria instalada na Colômbia, Horacio Duque Giraldo, quem, ao escasso juízo que demonstra possuir Uribe, é catalogado de “narcotraficante e aliado da mais antiga guerrilha do mundo: as FARC”.
Poderemos ler as notas de Horacio Duque em muitos meios de comunicação alternativos, sempre denunciando as arbitrariedades que padece o povo colombiano, forte opositor da política que implementa Uribe, e do banho de sangue que está cometendo nessa terra.
Quando de encarcerar, assassinar, perseguir se trata, imediatamente sai a reluzir o velho esquema de “concerto para delinqüir e narcotráfico”, sendo a Fiscalização a voz pública dessas características que carregam os lutadores e contra os quais pouco se pode fazer quando são aplicados.
E, justamente, esta nova detenção se produz quando a figura presidencial se vê cambaleando sobre um poder de ficção que só pode sustentar apoiado no terror, tal como o vem observando a opinião pública nacional e internacional. Faz muito pouco tempo, a mesma montagem judicial sofreu Freddy Muñoz, jornalista de TeleSur, e se repetiu o caso quando, em meio a uma crise de histeria do presidente, também foi acusado de ser vínculo da guerrilha o diretor do semanário VOZ, Carlos Lozano Guillén.
O jornalista e acadêmico Horacio Duque é uma nova vítima da injustiça que, segundo a segundo, aumenta na Colômbia e, enquanto o escândalo da para-política colombiana não se arrefeceu, senão que segue vigente e, cada dia, se escutam novas denúncias que vão enlameando uma figura sinistra que joga a cumprir o papel de Fürher, ainda que o couro não dê para tanto e fique ancorado em seu histórico papel de tosca caricatura do mesmo.
Creio que, quando um presidente, se enlouquece, o mais sadio para sua própria vida e para a vida dos que nele votaram e dos que não o fizeram, é tirar umas longas férias até que possa recuperar o juízo.
Claro, supondo que alguma vez o tenha tido...
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