O riso impune dos paramilitares e as gargalhadas do seu sistema
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Como hienas na noite selvagem do capitalismo, ou dos montros estilo “Drácula”, os paramilitares colombianos riem enquanto “confessam” seus crimes de lesa humanidade. 2007 não vai ser o melhor dos anos para Uribe Vélez, já que os crimes que seus pupilos paramilitares continuam cometendo desde os sítios aonde o governo os mantém à salvo de qualquer risco, já são inocultáveis. Como são, igualmente, os vínculos que sua família paterna havia se orgulhado de manter com o que há de mais seleto e perigoso das máfias paramilitares, a cabeça dos quais, novamente, volta a aparecer seu irmão, Santiago Uribe Vélez.
[ZORBA]
O mafioso paramilitar Salvatore Mancuso, chefe supremo dos crimes de moto serra durante anos esquartejou, massacrou ou desapareceu com milhares e milhares de colombianos suspeitos (para ele) de serem insurgentes, começou a fazer suas “confissões” perante um gracioso tribunal encarregado de aplicar a também graciosa Lei de Justiça e Paz, em meio a estrondosas risadas no final da narração de cada um de seus crimes, repetidos debochadamente pelos juízes que o escutam.
Mancuso disse perante o Tribunal que o “julga”: “Ordenei a morte de... (qualquer número de pessoas) no dia tal, do mês tal, do ano tal, em tal região do país”, e impunemente riu, diante da mais trivial observação do Juiz da causa, que não consegue evitar as gargalhadas que provoca o simpático e popular (porque evidentemente se converteu na estrela central do gracioso e patético espetáculo dos tribunais da Lei de Jusitça e Paz), paramilitar.
O governo mafioso de Uribe Vélez, autor da tristemente famosa Lei com que vem tratando de lavar a imagem dos paras, iniciou seu ano político em meio ao maior escândalo pelos vergonhosos e puníveis meios que sua família, todos os principais políticos de coalizão de governo, seus ministros, governadores e seus demais representantes tem mantido ao longo de suas vidas com os crimes “narcoparas”, hoje questionados pelo país decente e não-uribista.
2007 não vai ser o melhor dos anos para Uribe Vélez, já que os crimes que seus pupilos paramilitares continuam cometendo desde os sítios aonde o governo os mantém à salvo de qualquer risco, já são inocultáveis. Como são, igualmente, os vínculos que sua família paterna havia se orgulhado de manter com o que há de mais seleto e perigoso das máfias paramilitares, a cabeça dos quais, novamente, volta a aparecer seu irmão, Santiago Uribe Vélez.
Este irmão do Presidente, tal qual o seu progenitor, justiçado há vários anos precisamente para puníl-lo por seus criminosos vínculos com as máfias paramilitares, tem sido insistentemente mencionado nos últimos anos por todos os cronistas colombianos e internacionais do fenômeno do paramilitarismo, onde suas figuras provincianas (todos são oriundos do Estado de Antioquia), aparecem revestidas com os ornamentos de suas máximas hierarquias.
Nesta última etapa da larga e sangrenta saga familiar e política uribista com os “paras”, seu criador e hoje legitimador atravessa um verdadeiro pesadelo, já que não transcorre mais um dia sequer sem que alguém, do Parlamento à Imprensa, denuncie seus vínculos com a máfia.
O grau de decomposição em que o regime chegou, tanto o interno (a corrupção e a imposição de práticas homossexuais nas FF AA, como conseqüência da ideologia fascista que se aplica nos quartéis), o ataque diário aos orçamentos estatais e municipais, etc, assim como no externo, onde a Colômbia se converteu no pior e mais perigoso vizinho da área Andina, sua imagem se deteriora visivelmente, segundo a segundo.
Entretanto, os dirigentes de alto escalão do narcoparamilitarismo, na farsa de suas “confissões” dentro da Lei de Justiça e Paz, converteram cada uma de suas audiências em um verdadeiro circo recheado de piadas de seus protagonistas, e de gargalhadas que dão os juízes que julgam suas causas. E é tão vergonhoso o espetáculo de palhaçadas que vêm protagonizando, que até os diários mais uribistas tiveram que dar conta deles.
Certamente: os Mancuso, os “Don Berna”, os “Jorge 40” e demais expoentes da cúpula dos “paras”, converteram essas audiências em grotescos espetáculos, onde cada “confissão” criminal (de massacres, torturas e desaparecimentos), se segue aos esperados risos que cada vez ofende mais aos familiares e agregados das vítimas que numa sala vizinha à de audiências, tem a oportunidade de presenciar a dramática farsa.
Mas de que riem os paramilitares? O que é que lhes provoca a grotesca chuva de gargalhadas? Por acaso é a penosa situação do povo colombiano que presencia a tão pretendida reivindicação política e social dos criminosos, o que lhes produz acessos de riso? Ou serão as patéticas condições morais, sexuais e “disciplinarias” das tropas do regime, as que os fazem estalar em risos convulsivos?
Conhecendo a mentalidade dos criminosos através de suas próprias confissões (por exemplo, a do livro de Carlos Castaño) e outras a que vêm recorrendo fazem anos os cronistas necessários desta tragédia, é possível responder afirmativamente. Sim, os “narcoparas” se divertem com os crimes que cometem, assim como o sadismo e a sevícia de que se servem para torturar e levar à morte suas vítimas, utilizando inclusive as moto serras para os esquartejamentos.
Mas as verdadeiras razões, as do fundo, que lhes provocas as risadas nessas audiências que passarão à história como a infâmia da “justiça” uribista, é muito mais explicável e compreensível: os paramilitares uribistas confessam massacres e outras atrocidades, e riem, porque sabem que o que os espera depois de suas “confissões”, não é em nenhum caso o castigo digno que em qualquer sociedade civilizada, seria imposto à eles.
Riem às gargalhadas, porque tem a consciência de que estão se “portando bem” com seu chefe o Presidente da República e com seus cúmplices e homólogos das FF AA, já que seguindo as tradições práticas de todos os mafiosos, eles se portam como delatores (não falta mais nada!), já que quando se referem aos necessários cúmplices e co-autores de seus crimes, o fazem sempre, sempre, culpando os oficiais e funcionários já convenientemente mortos.
Assim, em meio à esta orgia de impunidade, onde os crimes de lesa humanidade apenas receberam “condenações” de 4 a 8 anos (!), se encontram as razões das incontáveis risadas dos narcoparas uribistas. E como não vão rir se sabem que depois de suas confissões os esperam confortáveis instalações, com todo tipo de regalias (telefonemas, Internet, saídas noturnas, os melhores licores e comidas frescas), e suas gordas contas bancárias?
Quem não iria rir, além do que, uma vem “em liberdade” ninguém reclamará com elas pela falta de lealdade e fidelidade já que todos os culpados em suas declarações estão mortos, de morte natural, anos atrás? Não é por acaso motivo suficiente para risos, de autênticas e verdadeiras gargalhadas, ao mesmo tempo que suas “penas” de até oito anos levam, de bandeja, a promessa formal de sair à sociedade com sua imagem recém lavada e forrada em suas milionárias fortunas?
Sim, os narcoparamilitares uribistas, com o irmão (Santiago Uribe Vélez) do Presidente da República na frente, tem motivos suficientes motivos para viver mortos de riso neste “segundo país mais feliz do mundo”, segundo o Império, da “segurança democrática” e de milhões de delatores. Com uma deficiência: não existem festas, por mais alegres que sejam, que durem para sempre. Os povos e a história sempre tem a resposta para essas absurdas orgias de risos e de impunidades.
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[ZORBA]
O mafioso paramilitar Salvatore Mancuso, chefe supremo dos crimes de moto serra durante anos esquartejou, massacrou ou desapareceu com milhares e milhares de colombianos suspeitos (para ele) de serem insurgentes, começou a fazer suas “confissões” perante um gracioso tribunal encarregado de aplicar a também graciosa Lei de Justiça e Paz, em meio a estrondosas risadas no final da narração de cada um de seus crimes, repetidos debochadamente pelos juízes que o escutam.
Mancuso disse perante o Tribunal que o “julga”: “Ordenei a morte de... (qualquer número de pessoas) no dia tal, do mês tal, do ano tal, em tal região do país”, e impunemente riu, diante da mais trivial observação do Juiz da causa, que não consegue evitar as gargalhadas que provoca o simpático e popular (porque evidentemente se converteu na estrela central do gracioso e patético espetáculo dos tribunais da Lei de Jusitça e Paz), paramilitar.
O governo mafioso de Uribe Vélez, autor da tristemente famosa Lei com que vem tratando de lavar a imagem dos paras, iniciou seu ano político em meio ao maior escândalo pelos vergonhosos e puníveis meios que sua família, todos os principais políticos de coalizão de governo, seus ministros, governadores e seus demais representantes tem mantido ao longo de suas vidas com os crimes “narcoparas”, hoje questionados pelo país decente e não-uribista.
2007 não vai ser o melhor dos anos para Uribe Vélez, já que os crimes que seus pupilos paramilitares continuam cometendo desde os sítios aonde o governo os mantém à salvo de qualquer risco, já são inocultáveis. Como são, igualmente, os vínculos que sua família paterna havia se orgulhado de manter com o que há de mais seleto e perigoso das máfias paramilitares, a cabeça dos quais, novamente, volta a aparecer seu irmão, Santiago Uribe Vélez.
Este irmão do Presidente, tal qual o seu progenitor, justiçado há vários anos precisamente para puníl-lo por seus criminosos vínculos com as máfias paramilitares, tem sido insistentemente mencionado nos últimos anos por todos os cronistas colombianos e internacionais do fenômeno do paramilitarismo, onde suas figuras provincianas (todos são oriundos do Estado de Antioquia), aparecem revestidas com os ornamentos de suas máximas hierarquias.
Nesta última etapa da larga e sangrenta saga familiar e política uribista com os “paras”, seu criador e hoje legitimador atravessa um verdadeiro pesadelo, já que não transcorre mais um dia sequer sem que alguém, do Parlamento à Imprensa, denuncie seus vínculos com a máfia.
O grau de decomposição em que o regime chegou, tanto o interno (a corrupção e a imposição de práticas homossexuais nas FF AA, como conseqüência da ideologia fascista que se aplica nos quartéis), o ataque diário aos orçamentos estatais e municipais, etc, assim como no externo, onde a Colômbia se converteu no pior e mais perigoso vizinho da área Andina, sua imagem se deteriora visivelmente, segundo a segundo.
Entretanto, os dirigentes de alto escalão do narcoparamilitarismo, na farsa de suas “confissões” dentro da Lei de Justiça e Paz, converteram cada uma de suas audiências em um verdadeiro circo recheado de piadas de seus protagonistas, e de gargalhadas que dão os juízes que julgam suas causas. E é tão vergonhoso o espetáculo de palhaçadas que vêm protagonizando, que até os diários mais uribistas tiveram que dar conta deles.
Certamente: os Mancuso, os “Don Berna”, os “Jorge 40” e demais expoentes da cúpula dos “paras”, converteram essas audiências em grotescos espetáculos, onde cada “confissão” criminal (de massacres, torturas e desaparecimentos), se segue aos esperados risos que cada vez ofende mais aos familiares e agregados das vítimas que numa sala vizinha à de audiências, tem a oportunidade de presenciar a dramática farsa.
Mas de que riem os paramilitares? O que é que lhes provoca a grotesca chuva de gargalhadas? Por acaso é a penosa situação do povo colombiano que presencia a tão pretendida reivindicação política e social dos criminosos, o que lhes produz acessos de riso? Ou serão as patéticas condições morais, sexuais e “disciplinarias” das tropas do regime, as que os fazem estalar em risos convulsivos?
Conhecendo a mentalidade dos criminosos através de suas próprias confissões (por exemplo, a do livro de Carlos Castaño) e outras a que vêm recorrendo fazem anos os cronistas necessários desta tragédia, é possível responder afirmativamente. Sim, os “narcoparas” se divertem com os crimes que cometem, assim como o sadismo e a sevícia de que se servem para torturar e levar à morte suas vítimas, utilizando inclusive as moto serras para os esquartejamentos.
Mas as verdadeiras razões, as do fundo, que lhes provocas as risadas nessas audiências que passarão à história como a infâmia da “justiça” uribista, é muito mais explicável e compreensível: os paramilitares uribistas confessam massacres e outras atrocidades, e riem, porque sabem que o que os espera depois de suas “confissões”, não é em nenhum caso o castigo digno que em qualquer sociedade civilizada, seria imposto à eles.
Riem às gargalhadas, porque tem a consciência de que estão se “portando bem” com seu chefe o Presidente da República e com seus cúmplices e homólogos das FF AA, já que seguindo as tradições práticas de todos os mafiosos, eles se portam como delatores (não falta mais nada!), já que quando se referem aos necessários cúmplices e co-autores de seus crimes, o fazem sempre, sempre, culpando os oficiais e funcionários já convenientemente mortos.
Assim, em meio à esta orgia de impunidade, onde os crimes de lesa humanidade apenas receberam “condenações” de 4 a 8 anos (!), se encontram as razões das incontáveis risadas dos narcoparas uribistas. E como não vão rir se sabem que depois de suas confissões os esperam confortáveis instalações, com todo tipo de regalias (telefonemas, Internet, saídas noturnas, os melhores licores e comidas frescas), e suas gordas contas bancárias?
Quem não iria rir, além do que, uma vem “em liberdade” ninguém reclamará com elas pela falta de lealdade e fidelidade já que todos os culpados em suas declarações estão mortos, de morte natural, anos atrás? Não é por acaso motivo suficiente para risos, de autênticas e verdadeiras gargalhadas, ao mesmo tempo que suas “penas” de até oito anos levam, de bandeja, a promessa formal de sair à sociedade com sua imagem recém lavada e forrada em suas milionárias fortunas?
Sim, os narcoparamilitares uribistas, com o irmão (Santiago Uribe Vélez) do Presidente da República na frente, tem motivos suficientes motivos para viver mortos de riso neste “segundo país mais feliz do mundo”, segundo o Império, da “segurança democrática” e de milhões de delatores. Com uma deficiência: não existem festas, por mais alegres que sejam, que durem para sempre. Os povos e a história sempre tem a resposta para essas absurdas orgias de risos e de impunidades.
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