Exército de ocupação usou bombas cacho em sua incursão no Equador contra as Farc.
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YVKE Mundial (Luigino Bracci), com informação da agência EFE.

As bombas foram lançadas a partir de aviões Supertucano, adquiridos recentemente ao Brasil.
Uma bomba de cacho - a bomba cluster - após ser lançada e alcançar uma determinada altura, abre-se, deixando cair dezenas ou centenas de sub-munições, ou pequenas bombas de diversos tipos, com alto poder explosivo, anti-pessoa, perfurantes ou incendiárias, dependendo do modelo usado.
As bombas cacho têm sido amplamente criticadas e condenadas, pois sub-munições que não tenham explodido podem permanecer enterradas mas ativas, sendo perigosas caso um civil tropece aciden

Centenas de organizações de direitos humanos se opõem enfaticamente ao uso de bombas cacho. Uma campanha internacional, a Convenção das Bombas de Cacho foi estabelecida em 2003 para impedir o uso, a produção, a venda e o armazenamento destas armas.
Hoje em dia, mais de 160 ONG de todo o mundo estão se dedicando a educação, investigação e a pressão a diferentes governos para modificar suas políticas acerca destas armas.
Bombas cluster na operação contra as Farc
O uso de aviões Supertucanos e bombas cluster foi revelado pela agência EFE a partir de um informe divulgado pelo Ministério de Defesa, o qual chamou de 'Operación Fénix' à incursão onde se violou o território equatoriano.
Vários supertucanos acantonados em bases situadas no sul da Colômbia foram mobilizados para esta tarefa, realizada de forma conjunta por forças de terra y fluviais, além das aéreas.
Segundo o Equador, aeronaves colombianas incursionaram ao menos 10 quilômetros dentro do território equatoriano e adernaram para o norte para bombardearem o acampamento das Farc. Não está claro se as ditas aeronaves foram os Supertucanos.
A Colômbia, por sua parte, nega que seus aviões tenham violado o espaço aéreo deste país, mas não explica por que todas as evidências indicam que o acampamento foi bombardeado na direção sul-norte.
O Supertucano é um turbohélice que pode aterrizar em pistas de até 500 metros, alcançar uma altura de 35.000 pés (uns 10.670 metros) e voar até uma velocidade de 500 a 550 quilômetros por hora. A capacidade de carga desta aeronave de 'combate tático' é de até 3.000 libras de bombas, segundo características que a Colômbia tornou públicas quando projetava adquirir a frotilha.
Ademais, ele pode combinar a carga de bombas com a de mísseis ar-ar e ar-terra, e levar também um canhão de 20 milímetros e metralhadoras de 0.50'' sub nas asas.