O computador atômico de Raúl Reyes
Na Colômbia dizem que se o chefe do narco-paramilitarismo “don Varito” tem 84% de popularidade, isso significa que ainda assim sobram 16% que não se submeteram.
Anncol
E como a crise regional andina segue avançando e as contradições internas no país continuam marchando, a falsa-mídia do terrorismo de Estado, esse 84% que controlam os Santos, o general Padilla de León (o mesmo do massacre da Cienaga grande) e o general “coca” Naranjo a partir da central de inteligência da Polícia; continuam fabricando notícias de falsos positivos para tratar de ocultá-la e tapá-la: Como os gatos!
Agora, quando a história de pescador do terrorismo da insurgência colombiana, segundo os documentos das reuniões dos países latino-americanos e caribenhos na OEA e Santo Domingo, SÓ ACREDITAM os governos dos EUA e da Colômbia; arrumam outra história de fidção parecida com as do invencível agente imperialista 007 da guerra fria, “que tinha licença para matar”, de que a insurgência colombiana, tem “Urânio enriquecido” para fabricar uma bomba atômica e “aterrorizar com armas de destruição em massa” em todo o continente. Essa é a prova que faltava para provar que são terroristas. Tal como a mentira inventada pela CIA para justificar a agressão ao Iraque.
Mas qualquer cidadão latino-americano comum e corrente pode, com um par de perguntas, destruir toda essa mentira cabeluda: Por acaso não se sabe que há mais de 60 anos, uma das primeiras invenções da guerra fria e do agente 007, era um aparelhinho para rastrear as radiações que esses metais radioativos emitem, e que hoje em dia são rastreados desde a hora de sua extração nas minas até o seu destino final, por complicados satélites que só quem possui é o exército dos EUA?
Por acaso qualquer estudante de bachalerado não sabe que, para produzir urânio enriquecido, necessita-se um complicado sistema tecnológico e industrial, que só alguns poucos países do mundo o têm, no chamado clube atômico, o qual inclui EUA, Rússia, China, França, Israel, Paquistão, entre os mais importantes, e que as ameaças de guerra do governo dos EUA aos países do “eixo do mal” como Irã e Coréia do Norte, têm como justificativa de que estes países querem ter essa exclusiva e complicada tecnologia atômica chamada ‘armas de destruição em massa’?
Mas será que a necessidade de construir e propagar uma mentira para a propaganda do terror do Estado colombiano pode mais que a mais simples e elementar decência jornalística, como ficou mostrado com a publicação em massa da foto do ministro do interior do Equador, Larrea. Então, mais uma vez a partir do jornal El Tiempo se espalha a notícia, que imediatamente é reproduzida pela Caracol, RCN, Yamil Amat, etc, e já está: “A partir do indestrutível mega-super-hiper-computador da marca INRI de Raúl Reyes, as Farc pensavam em construir uma bomba atômica”. Portanto, podemos ir atrás dele onde quer que ele se encontre, em ‘um ato legítimo de guerra’ tal como acabou de grunhir a hiena J. M. Santos.
Pobrezinhos. A cegueira de sua ganância e avareza não lhes deixa entender por qual razão uma força irregular como a insurgência colombiana, diferente das outras forças insurgentes do mundo, não se desmoronou imediatamente como eles o anunciaram, depois de haverem assassinado dois importantes membros de sua direção coletiva, mas estão aí e seguirão aí vivinhas e lutando, produzindo feitos político-militares, enquanto subsistam as profundas causas econômicas, políticas e sociais de seu alçamento e resistência armada.