"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


terça-feira, 18 de março de 2008

Pena de Morte na Colômbia



Pela primeira vez, altos funcionários estatais reconhecem – com os fatos, porque com as palavras seguem mentindo – que na Colômbia existe e se aplica a pena de morte. É uma prática constante, consuetudinária, aplicada pelas forças militares –narco-paramilitares por ordem da oligarquia sanguinária, a mais sanguinária da América.

ANNCOL

Sempre denunciamos a violação dos direitos humanos por parte do Estado colombiano. É uma prática que é reconhecidamente mundialmente como Terrorismo de Estado. Terrorismo de Estado que adota ou utiliza formas sui generis, como o narco-paramilitarismo. Em outros países se tem utilizado os paramilitares, mas, a utilização dos bandos criminosos do narcotráfico, é típico da Colômbia, ou melhor, é típico do Estado colombiano e suas forças armadas.

Foi precisamente com o “capo” do Cartel de Medellín, “Don” Pablo Escobar Gaviria – primo de José-Obdulio e de César Gaviria Trujillo, além de amigo íntimo de Uribe Vélez -, quando ocorre o contubérnio impudico entre as forças militares e o narcotráfico para conformar os narco-paramilitares. Tudo, claro, sob a orientação e direção da oligarquia colombiana, estando por tras da cortina o império estadunidense.

Por ironia da vida, a Pablo Escobar lhe aplicara a pena de morte quando já era uma figura incômoda para o Estado,a oligarquia e o império. Não sem antes, claro, ele aplicar a pena de morte a milhares de colombianos, militantes políticos da União Patriótica (UP), sindicalistas, mulheres, crianças, inocentes que morriam sob as balas assassinas ou sob o narco-terrorismo das bombas e disparos dos aviões. Mas o Estado – e suas forças militares – seguiram utilizando as estruturas dos bandos de narco-paramilitares para cometer os assassinatos dos lutadores populares. De todas as mortes, 85% foram realizadas pelo narco-paramilitarismo, quase 10% pela Força Pública e o restante por parte da guerrilha na perseguição dos bandos assassinos.

Nesta tabela, com dados incompletos, pode o amável leitor te ruma noção da aplicação da pena de morte na Colômbia. A Pena de Morte na Colômbia não está aprovada legalmente. No entanto, a Força Pública (Forças Armadas, Policia e Órgãos Secretos) a aplica aos colombianos, Sejas lutadores populares, ou o que eles chamam de “limpeza social”. As cifras apresentadas anteriormente são as concernentes aos lutadores populares e a “limpeza social” englobaria o que chamamos “homicídios”, que tradicionalmente na Colômbia é da ordem de 28 a 30 mil por ano, que o narco-paramilitar presidente Álvaro Uribe Vélez diz ter diminuído com artimanhas nos sub-registros que tem o país.

Lamentavelmente, por causa do assassinato do membro do Secretariado Nacional das FARC, Iván Ríos, a Procuradoria, o ministro da defesa e os militares têm gastado dinheiro e anunciam que “pagarão a recompensa oferecida”, reconhecendo que o que tais recompensas buscam é o assassinato dos membros da insurgência, não sua captura. Neste caso, o assassino executa-o quando o Comandante guerrilheiro estava dormindo, demonstrando que foi um justiçamento, um assassinato, que não foi realizado por “medo insuperável”.

Somado ao execrável assassinato do Comandante do Secretariado Nacional, Raúl Reyes, em massacre feito em território equatoriano por parte das forças militares estadunidenses e colombianas, demonstrando que o governo colombiano tem a pretensão de torpedear o Intercâmbio Humanitário e aplicar a “pena de morte” aos reféns por parte das FARC.

O que não poderá ser explicado à opinião pública dos Estados Unidos é por quê após mais de 5 anos de estarem, os prisioneiros estadunidenses, em poder das FARC, depois de terem seu avião que fazia espionagem eletrônica derrubado, não pode libertá-los e por quê os condenou a Pena de Morte.

A Pena de Morte á aplicada pelo Estado colombiano todos os duas. Suas forças militares são forças de ocupação por causa da Doutrina de Segurança Nacional. E Uribe, com sua demente visão mafiosa, a aplica prazerosamente contra os colombianos. Mas é a prática sistemática, consuetudinária, que tem levado a ONU, a cada ano, a condenar a Colômbia, do mesmo modo que todas as organizações de Direito Humanos.

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