Itália perplexa pela operação militar da Colômbia no Equador
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RNV/Agências
O Ministro de Relações Exteriores da Itália, Massimo D’alema, assegurou nesta segunda-feira, que a Itália está “preocupada e perplexa” pela operação militar colombiana em solo equatoriano em que morreu um líder das FARC. “A operação militar colombiana no exterior nos surpreendeu muito e nos deixou preocupados e perplexos”, declarou o Chanceler italiano durante encontro com a imprensa estrangeira realizada na Itália.
“Uma operação deste tipo resulta em contradição com o esforço de abrir um canal diplomático” e por isso se entende “tenha criado graves tensões na América Latina”, acrescentou.
D’alema, que acaba de voltar da Venezuela, onde realizou uma visita relâmpago de apenas um dia na última sexta-feira, reiterou que a Itália está disposta a fazer parte do grupo de países que auxiliem nas negociações para um acordo humanitário entre o governo da Colômbia e a guerrilha das FARC, promovido pela Venezuela, destacou AFP.
O Presidente Chávez propôs na quinta-feira da semana passada, integrar um grupo de países para promover um acordo humanitário a fim de trocar uns 40 prisioneiros em poder da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) por 500 insurgentes presos.
O grupo receberia emissários da Colômbia e das FARC para negociar a liberdade de todos os prisioneiros em poder do grupo insurgente. No entanto, a operação militar colombiana do sábado em território equatoriano em que morreu o número dois da guerrilha, e principal negociador da organização, Raúl Reyes, deteriorou gravemente as relações da Colômbia com o Equador e a Venezuela.
Os países fecharam no domingo suas embaixadas e mobilizaram tropas na fronteira da Colômbia, elevando a níveis inéditos a crise diplomática.
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