"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sábado, 15 de março de 2008

PC Chileno solidário com as FARC



No marco da comemoração do terceiro aniversário da morte da ex-presidente do Partido Comunista, Gladis Marín, no cemitério General de Santiago, o presidente do Partido Comunista do Chile, Guillermo Teillier, reiterou seu apoio às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, assinalando que não são um movimento terrorista e sim uma força beligerante.

ANNCOL/Tomada de Argenpress

“As FARC não são terrorista, são uma força beligerante, são um exército guerrilheiro. O que pretendemos com essa posição que o conflito interno na Colômbia termine, mas com uma negociação e não com derrotados, porque para (Alvaro) Uribe (Presidente da Colômbia), lhe agradaria que as Farc terminem de joelhos ante o poder fascista que ele detém, afirmou Teillier.

Neste sentido, cabe destacar que os movimentos guerrilheiros que têm desfraldado as bandeiras de luta de seus respectivos povos, não são novos. O Exército Republicano Irlandês (IRA), teve que enfrentar por décadas esta acusação. No entanto, finalmente tiveram que sentar à mesa de conversações e considerá-los uma força militar beligerante. A Frente Nacional de Libertação do Vietnam, a FNL, também foi considerada uma organização terrorista. Contudo, dirigiu uma luta contra o invasor estrangeiro, terminando por derrotá-lo e expulsá-lo do país. Hoje, o Vietnam constrói seu próprio caminho ao socialismo de forma cada vez mais êxitosa.

Por isso concluímos que as FARC-EP são uma força militar beligerante de fato, mas não de direto, pois Uribe e o Império não querem outorgar-lhe esse status. Dizemos que a guerrilha é uma força beligerante, pois, o porta-voz das FARC-EP, Raúl Reyes, recentemente assassinado, no ano 2000 havia se reunido com Andrés Pastrana, ex-presidente da Colômbia, com Cailo Gómez, Alto Comissário para a Paz da Colômbia, com James Lemoyne, representantes da ONU e com Giorgio
Lengua, representante do Papa e do Vaticano.

Raúl Reyes, além do mais, havia se reunido com representantes do governo da Noruega, com a ministra de relações exteriores da Suécia, Anna Lindh, posteriormente assassinada. Também havia se reunido com Vicente Rancel, ex ministro da Venezuela e ultimamente, por causa dos preparativos para a libertação dos reféns das mãos da guerrilha, havia tido contato com os governos do Equador, Venezuela, França, com a senadora Piedad Córdoba e outros, demonstrando com isso sua plena disposição de resolver o conflito dos seqüestrados e pela paz na Colômbia, na base de um acordo justo e humanitário.

Por esse motivo o presidente do PC destacou, entre outras coisas, que “nós como Partido Comunista adotamos a política de solidarizarmos com o povo colombiano e solidarizarmos com as FARC no tema do intercâmbio humanitário de prisioneiros. Vamos manter essa posição a pesar de alguns personagens da direta dizerem que somos terroristas e estamos amparando terroristas”.

Além do mais, o dirigente criticou duramente o governo dos Estados Unidos, acusando-o de intervir na América latina para apoderar-se de recursos naturais e reservas energéticas que existem na região. Não só isso, o governo narco-paramilitar do títere e lacaio dos Estados Unidos, Álvaro Uribe, em suas incursões armadas contra a guerrilha, o que busca em particular é a eliminação física de Ingrid Betancourt, já que a considera eventualmente como uma potencial inimiga política, que poderia frustrar suas aspirações presidenciais para um próximo mandato presidencial.

Os norte-americanos não querem a paz na Colômbia, não querem que prossiga o intercâmbio humanitário Eles querem o conflito entre nações irmãs e ter o controle das reservas de petróleo que existem tanto no Equador como na Venezuela, afirmou Teillier

Cabe acrescentar, além do mais, que nesta no os Estados Unidos devem retirar-se da base de Manta, localizada em território equatoriano, que utiliza para controlar os movimentos do narcotráfico para seu próprio benefício, além de rastrear a guerrilha das FARC-EP. Daí que o Império se encontra desesperado, tratando de impulsionar uma escalada propagandística contra Equador, Venezuela, Nicarágua e Bolívia, que os mantém na mira para sua desestabilização e posterior ocupação de seus países, instalando novos títeres e lacaios, como tem feito no Afeganistão, Iraque, Kosovo e alguns países africanos.

No memorial Gladys Marin, Teillier manifestou seu carinho e admiração para com a ex-dirigente e reafirmou os ideais que ela deixou quando dirigia o partido. Além disso, recordou que Marin foi a primeira pessoa que se atreveu a apresentar uma demanda judicial contra o ex-ditador Augusto Pinochet.

Teillier enfatizou que como produto da perseverança da ex-dirigente, “podemos dizer que no Chile finalmente se começa a falar na necessidade de mudanças da legislação trabalhista e se começa a falar dos direitos dos trabalhadores (…) muitos dirigentes sindicais estão ingressando no partido inspirados na figura de Gladis e isso nos enche de orgulho. Por isso seguiremos mantendo viva sua memória”, acrescentou.

O dirigente prometeu que cumprirão o que propôs Marin em 1996, de “quebrar o sistema bipartidário e de lograr que aqueles que não estão representados no parlamento burguês cheguem nele”.

Até o local também se fizeram presentes o Colégio de Professores, a juventude comunista e as três irmãs (Sonia, Silvia e Nancy) da fenecida ex candidata presidencial do PC.

Com bandeiras do partido, arranjos de flores, gritando palavras de ordem e cantando a Internacional, canção de luta dos trabalhadores do mundo, os manifestantes se dirigiram até o mausoléu de Marin, no pátio 50 do cemitério. Na cerimônia esteve a cantora nacional Carmen Prieto e o trovador argentino Diego Dana, que interpretaram duas canções

Cabe destacar, também, que a escalada propagandística do Império junto aos meios de imprensa lacaios da Colômbia na região, pretendem envolver o Partido Comunista na possível formação de uma organização armada. Isso ocorre devido a dois militantes de base terem participado recentemente do II Encontro Bolivariano Continental, com jovens de diversos países latino-americanos, com estudantes mexicanos que tiveram a oportunidade de visitar um acampamento da guerrilha colombiana, onde se encontrava Raúl Reyes, porta-voz internacional das FARC-EP, com o qual foram fotografados.

Sobre o assunto, o presidente do Partido Comunista, Guillermo Teillier, desmentiu de maneira taxativa as afirmações histéricas do vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos, que informou que os chilenos Manuel Olate e Valeska López, teriam recebido instrução militar das FARC. Teillier disse à imprensa que “acredito que o senhor Santos não tem nada de santo, porque mente descaradamente”.

O dirigente acrescentou que “eles (os chilenos) foram a uma viagem que durou uma semana no total e que estiveram um dia no acampamento”, negando que tivessem recebido treinamentos em tão curto espaço de tempo da guerrilha.

O presidente do PC expressou que o governo colombiano está mentindo “porque estão tratando de justificar o massacre ao acampamento em território equatoriano e (por isso) vão inventar qualquer coisa”.

O governo narco-paramilitar de Álvaro Uribe não apenas tem que justificar a agressão militar em território equatoriano, pelo qual tem sido condenado amplamente pelos países da região, mas que além disso tem de demonstrar perante a opinião pública internacional que está por acertar um acordo humanitário para resolver o problema dos reféns nas mãos da guerrilha, e, por outro lado, pôr em liberdade os presos políticos das FARC-EP e aos dirigentes de organizações sociais e sindicais que se encontram nas masmorras da “democracia colombiana”.

Finalmente, até o momento, o que se observa mais claramente é que Alvaro Uribe se encontra profundamente comprometido com o narco-paramilitarismo. É um compromisso de longa data para destruir os acordos com as FARC-EP, resultando daí sua opção militar em detrimento da perspectiva diplomática e o acordo com a guerrilha. Além do mais, o atual lacaio da Casa Branca busca sua reeleição presidencial a través da ação militar. A opção de Uribe é a confrontação até as últimas conseqüências com a guerrilha, é a macartização do conflito, que se encontra apoiado, patrocinado e dirigido pelos Srs. Da guerra da Casa Branca e o Pentágono ianque.

O piro maníaco Bush e seu boys, agora vão incendiar a região, necessita vender armas e, de passagem, como dizem os comunista chilenos, controlar os recursos naturais e energéticos da região, mas antes precisam desestabilizar os governos que não são afinados com as políticas unilaterais, agressivas e genocidas dos Estados Unidos, pois não só necessitam ter um controle efetivo de seu “quintal”, senão que irão querer o controle de todo o planeta, e na América Latina criar conflitos de “baixa intensidade”, ou reinstalar novas ditaduras militares.