Os Direitos Humanos vistos pelos EUA e pela ONU
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Nestes dias apareceram dois informes de direitos humanos que nos mostram a visão que tem o governo dos Estados Unidos da América do Norte e a ONU. Visões que mostram as deferentes que têm o país do norte e o organismo mundial. Vejamos.
ANNCOL
O governo dos Estados Unidos “certifica” o bom comportamento do governo colombiano e o qualifica de excelente notícia para os colombianos que o governo narco-paramilitar “ajudou a esclarecer mais de 3.000 crimes e conduziu a exumação de fossas comuns, o que facilitou a identificação de mais de mil restos humanos”. Entretanto, condena a Venezuela e Cuba, os verdadeiros protetores de direitos humanos de seus povos e de outros.
Esta apresentação é a visão atravessada que tem da realidade. Atravessada visão que permite cometer todos os seus crimes. Agora resulta que aos vitimadores do povo colombiano tenham que ser “premiados” por dizer onde estão as fossas das pessoas que eles assassinaram por ordem do governo e as desapareceram para castigá-los e castigar a família.
Narco-paramilitares que seguem vivinhos e seguindo o criminoso de guerra Uribe Vélez, que diz em Dominica que os paramilitares não existem. Ao contrário, seu governo continua utilizando-os para assassinar sindicalistas, professores, mulheres, etc, quando não são os próprios efetivos militares oficiais os que realizam tal “tarefa”.
Uribe Vélez, com a perversidade que o caracteriza, disse em Dominica no marco do Encontro do Rio, sem nenhuma vergonha, que as FARC levam os guerrilheiros mortos, tiram-lhe as fardas, os vestem com roupas civis e os fazem parecer com camponeses assassinados pelos militares, com o qual querem ocultar um crime de Lesa Humanidade que a cada dia está mais que provado que é prática habitual das Forças Militares estatais, crime que é condenado pela ONU. É o mecanismo psicológico da projeção, e se Uribhitler dizem como fazem, demonstra que sabe como se faz.
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Louise Arbour, disse que “O escritório na Colômbia continuou recebendo queixas de execuções extra-judiciais atribuídas a membros da Força Pública. Algumas características comuns aos casos denunciados são apresentar as vítimas como mortos em combate”, pedindo a erradicação das execuções extra-judiciais cometidas pelos efetivos da Força Pública. Além do mais, constatou que na maioria dos casos foi alterada a cena do crime antes da análise dos cadáveres, enquanto a Justiça Penal Militar assumiu as investigações contra os envolvidos.
“As investigações apresentadas pelas autoridades sobre alguns destes casos revelam que poderiam estar motivados pela pressão por resultados e o interesse de alguns membros da Força Pública de obter, a partir de ditos resultados, uma série de benefícios e reconhecimentos”, afirmou o informe.
O Governo do barco-presidente Álvaro Uribe, anuncia planos de extermínio da guerrilha através do Plano Patriota e/ou Consolidação. Em algumas ocasiões reclama em público dos comandantes de suas Forças Armadas pela falta de efetividade e de resultados na luta contra os rebeldes.
“O Alta comissário insta o Ministério da Defesa e ao Procurador Geral a implementar medidas eficazes para desarticular todas as formas de grupos armados ilegais surgidos depois da desmobilização e a aprofundar o desmantelamento das estruturas políticas e econômicas dos grupos paramilitares desmobilizados”, disse a ONU em uma petição que é como “chover no molhado”.
A ONU também mencionou em seu informe a superlotação carcerária em mais de 20% e as detenções ilegais e arbitrárias por parte das Forças de segurança do Estado, que ultrapassam a 10.000 presos vítimas da “segurança democrática” de Uribhitler.
Por outro lado, se refere aos assassinatos contra defensores dos direitos humanos e sindicalistas, uma das principias causas pelas quais os democratas do Congresso dos Estados Unidos se negam a aprovar um Tratado de Livre Comércio com a Colômbia, que está embolatado e se apresentará talvez em maio ou novembro ao Congresso gringo.
Comparando os dois informes já sabemos quem tem a razão.
Este não é o primeiro informe da ONU condenando a Colômbia. Nem das ONGs de direitos humanos. Todos anos há um informe e em todos os anos a Colômbia é condenada, com os governos colombianos esquivando-se dos direitos humanos.