Estados Unidos participou no assassinato de Raúl Reyes
O informe dos peritos revelou que se utilizaram 10 bombas GBU 12 Paveway II de 500 libras, que deixaram crateras de 2,40 metros de diâmetro por 1,80 metros de profundidade. Segundo as especificações do fabricante da bomba GBU 12, a Texas Instruments, este explosivo pode ser guiado por laser, GPS ou tecnologia intersensorial (INS), e a aviação colombiana não tem a capacidade de lançá-las.
TeleSur/YVKE Mundial/ANNCOL
Segundo especialistas da Força Aérea Equatoriana (FAE), a Colômbia utilizou tecnologia avançada estadunidense para bombardear a base temporária das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em seu território no último 1º de março.
Após uma perícia iniciada no dia 6 de março em Angostura, especialista das FAE determinaram como se produziu o bombardeio, o armamento utilizado e os danos causados, publicou esta segunda o jornal El Comercio.
O informe dos peritos revelou que se utilizaram 10 bombas GBU 12 Paveway II de 500 libras, que deixaram crateras de 2,40 metros de diâmetro por 1,80 metros de profundidade. Segundo as especificações do fabricante da bomba GBU 12, a Texas Instruments, este explosivo pode ser guiado por laser, GPS ou tecnologia intersensorial (INS), e a aviação colombiana não tem a capacidade de lançá-las.
O Guia de Identificação de Armamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) indicam que as bombas GBU 12, muito utilizadas durante a “Operação Tempestade no Deserto”, no Iraque, somente podem ser transportadas por aviões A7, A10, B52, F111, F117, F15, F16, F/A 18 C/D, F14 e A6.
O Ministério da Defesa colombiano assegurou que na operação “Fênix” foram usados aviões Super Tucano, aeronaves que, segundo a OTAN, não se incluem entre as que podem levar bombas GBU 12. Além disso, o informe da FAE mostra que foram encontradas cápsulas de projéteis 0.50 no setor sul do acampamento, “que foram disparadas por metralhadoras localizadas em helicópteros, que faziam a proteção do pessoal que realizou a infiltração”.
A FAE, em seu informe, também descartou de maneira definitiva que no ataque tenham sido usados aviões Kfir, que fazem parte da Força Aérea colombiana. A inteligência Naval do Equador, por sua vez, revelou que um avião HC-130, eficiente como arma de combate e de transporte de pessoal e de outras aeronaves, saiu da estadunidense Base de Manta, às 19:00 horas da sexta, 29 de fevereiro e voltou às 16:30 do dia seguinte, ainda que se desconheça o rumo que tomou a aeronave. Portanto, se conclui que só aviões estadunidenses puderam lançar as 10 bombas GBU 12 de 500 libras lançadas contra o acampamento de Raúl Reyes.