Seqüestrado pelo Estado o cadáver de Raúl Reyes.

O cadáver de Raúl Reyes foi seqüestrado pelo Estado colombiano através de argúcias legais a fim de não entregá-lo a sua ex esposa, a única que poderia reclamá-lo. É apenas lógico que uma família como a do comandante Raúl Reyes, que tem sofrido na própria carne o Terrorismo de Estado.

Não poderá reclamá-lo pelo perigo que correm suas vidas ante a acusação e a perseguição das hostes narco-paramilitares de Uribe Vélez e Santos & Cia. Narco-paramilitar.

ANNCOL

Segundo publicações de imprensa da cadeia colombiana Caracol (chamada paracol), “De forma intempestiva e secreta foi tirado do Instituto Nacional de Medicina Legal o corpo do guerrilheiro Raúl Reyes, devido a seu adiantado estado de decomposição, depois de permanecer cerca de 15 dias neste lugar.

… Fontes da Fiscalia confirmaram que se realizou o procedimento de enterro estatal, quer dizer, sepultado em um lugar enquanto não aparecer um familiar que acredita no direito de reclamar o seu corpo.

… Se alguém reclama os direitos e estes são garantidos, será exumado e entregue a seus familiares.

… “Na Procuradoria se fez uma ata onde se registra o lugar e a identidade do líder guerrilheiro ante uma eventual reclamação”.

O Estado colombiano seqüestra o cadáver do Comandante guerrilheiro. Mas isso é uma prática comum dos organismos estatais. Recordemos que o general Álvaro Valencia Tovar seqüestrou os restos mortais do padre guerrilheiro Camilo Torres Restrepo e até hoje não foram entregues a sua família.

Igual conduta tomam as forças militares- narcoparamilitares com os sesqüestros-desaparições que vem fazendo durante tantos e tantos anos de aplicação do Terrorismo de Estado. Que segundo os Estados Unidos há que agradecer-lhes – e até beijar-lhes as mãos assassinas – porque agora digam onde estão as “fossas comuns” dos sequestrados-desaparecidos que se podem encontrar.
É preciso ressaltar que o Estado, a través de seus narco-paramilitares tem criado outro delito: desaparecer com os desaparecidos. São cadáveres, restos mortais, dos seqüestrados-desaparecidos que são tirados das tumbas ou fossas-comuns, como chamam, esparramados pelos rios, cortados e atirados ao mar para apagar a evidência de suas dezenas de milhares de crimes.

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