"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


terça-feira, 11 de março de 2008

O fantoche Uibhitler quer revisar até a história



O círculo narco-paramilitar inquilino da Casa Nariño, quer revisar até a história colombiana. Isso se conclui das perorações de Uribhitler em Santo Domingo. No local onde só Uribhitler foi o derrotado, apenas seu aliado, o imperio estadounidense, é o que quer, a todo custo jogar a região sul-americana pelos cegos caminhos da guerra.

Por Allende La Paz

Dando uma de Bushito, Uribhitler falou e falou – como um bom papagaio falante – sobre a luta contra o “terrorismo”, em um ato de projeção descomunal que para nenhum dos participantes do Encontro do Rio, em Dominica, passou despercebido. Colombia é o único país da América do Sul – e me atreveria a dizer que e na América Latina – que pratica o Terrorismo de Estado.

A história de mais de 60 anos de massacre do Estado colombiano sobre seu povo está aí para quem quiser estudá-la. Durante “A Violência” foram assassinados 300.000 colombianos e deslocados mais de um milhão. Na segunda periodização do que os violentólogos chama de 2ª Violência, o Estado assassinou mais de 100.000 colombianos e deslocou mais de 5,4 milhões de pessoas.

São dados que qualquer um pode corroborar se estiver interessado. Por isso dá vontade de rir ao escutar o mafioso paramilitar presidente falando do “terrorismo” das FARC, sendo que o Terrorismo de que tem padecido os colombianos é precisamente o Terrorismo de Estado, praticado pelas forças militares desde o final dos anos 1970 e início de 1980, em contubérnio impudico com os bandos narco-paramilitares (se alguém quiser ruma prova aí está o general Farouk Yanini Díaz respondendo ante a Corte Suprema por pressões da Corte Interamericana).

E dava vontade de rir ao ver o homenzinho todo diminuído, falando e posando de vítima do “terrorismo” quando todos sabemos quem é o terrorista e quem são as vítimas. E essa a estratégica de Uribhitler. Meter os dedos na boca dos presidentes na República Dominicana. Ou tratar de fazê-lo. Sem saber que como há muitos anos não se via, os presidentes do Grupo do Rio, que conhecem em detalhe a situação colombiana, sorriam enganadoramente, como antes riam nos cenários internacionais de Tachito Somoza e de Pinochet, por exemplo.

Além do mais, via-se Uribhitler incomodado em sua cadeira – que deve ter ficado suja e devia ser descartada – “como uma barata em um baile de galinhas”. Mas Uribhitler insistia – como insistem os estúpidos em sua estupidez -, uma e outra vez. Disse, por exemplo, que a Colômbia sofria o “terrorismo” há mais de 40 anos. Mentida de todas as mentiras. Já antes da década de 1950 a Colômbia sofre o Terrorismo de Estado. Mas sofre especialmente à partir da década de 1960, quando a Colômbia abraça a “Doutrina de Segurança”, como a doutrina que guiaria suas forças militares.

No livro “Plano Colômbia e Conflito Interno”, foi proposto que a Doutrina de Segurança Nacional é anterior ao nascimento das FARC (pode-se conseguir gratuitamente o livro na parte inferior da página da ANNCOL). Vejamos a página 12: “A violência como paradigma para enfrentar os problemas dos países do “quintal” dos Estados Unidos está referenciada nos manuais do exército dos Estados Unidos e nos permitem entender porque nos tem afundado neste “noite obscura”. A chamada Missão Yarborough do exército estadunidense (fevereiro/1962) deixou diretrizes secretas, às quais foram adotadas pelo Estado Colombiano, adiantando “uma estratégia contra-insurgente paramilitar, desde antes do aparecimento das guerrilhas deste ciclo (1964-1965)”.

Se algum interessado quiser ler mais, recomendo-lhes que leia ao padre Javier Geraldo em sua página da web, um profundo estudioso sobre o tema.

Os meios de comunicação – a falsa mídia – propõe que o acerto feito entre os presidentes do Grupo do Rio para o freio à guerra na Uribhitler quer envolver seus vizinhos, como um triunfo. Nada mais distante da realidade. A Colômbia é hoje a paria da América do Sul. Os olhos expressivos de uma mulher, Cristina Fernández, que reprovavam as ações de Uribhitler na sessão em que Correalhe bateu até com o balde de lixo. Uribhitler é causa de escárnio, ao ponto de Cristina Fernández fazia esforços sobrenaturais para não soltar uma gargalhada, quando Uribhitler chegou por último para tirar fotos com os demais presidentes e estes já haviam tirado as fotografias.

A foto da Reunido se fez sem a presença de Uribe, o que produziu nos participantes mais que satisfação, porque nela não aparece o fantoche do governo dos Estados Unidos. E todos sabemos o que na diplomacia internacional implica essa foto. É história. Fica para a história. E eles não queriam aparecer ao lado de uma personagem tão sinistra, mafiosa e mentirosa como Uribhitler.

E a causa pela qual Uribhitler estava tão incomodado na reunido, era porque nela não havia – logicamente – nenhum representante dos Estados Unidos que lhe desse uma mãozinha para enfrentar os presidentes dos outros países para continuar sua agressão contra os países fronteiriços, especialmente Venezuela e Equador. O petróleo e a Base de Manta. E claro, aí ficou patente que o fantoche da América Latina não tem um pingo da dignidade que têm os presidentes de Venezuela, Equador e Nicarágua.

Logicamente, como é costume, Uribhitler rechaça qualquer proposta para o Intercâmbio e para os diálogos de Paz na Colômbia. Seu ódio é doentio. Bem disse o presidente Rafael Correa, do Equador, Uribhitler é uma pessoa “distante da realidade”. É psicopata. E como psicopata é perverso. Como é seu círculo mafioso que o rodeia na Casa Nariño.