"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 26 de março de 2008

O regime narco-paramilitar desaforado assassina cada vez mais gente

O regime narco-paramilitar aproveitou a Semana Santa para continuar com a sua macabra tarefa de assassinar os mais apreciados de nosso povo. Seus melhores filhos estão sendo assassinados. Sindicalistas, políticos de esquerda, promotores da marcha do 06 de março, mulheres, crianças.

ANNCOL


Segundo informa a BBC Mundo –para que não digam que é mentira-, uma carta enviada há 4 ou 5 dias, a qual está assinada por 150 dirigentes do Partido Trabalhista, entre as quais estão as do Prefeito de Londres, Ken Livingstone, acusa: “Colômbia tem um dos piores récords em matéria de direitos humanos no mundo”, e denuncia que nos últimos 15 anos foram assassinados lá 4.000 sindicalistas, “a maioria desses assassinatos são atribuídos às Forças Armadas e aos paramilitares que tem o patrocínio do Estado” e solicitam a Gordon Brown suspender “a ajuda econômica à Colômbia até que tal Estado aplique as repetidas recomendações do Alto Comissariado da ONU para os direitos humanos”. Mariella Kohn, da organização não-governamental Justiça para Colômbia, que elaborou aquele documento e compilou os dados, “disse à BBC Mundo que sua ONG, assim como os assinantes, acreditam em uma solução política negociada do conflito, que já leva 40 anos”.

Por sua parte, a Confederação Sindical Internacional (CSI), com sede em Bruxelas, a qual representa 168 milhões de trabalhadores no mundo, disse em setembro de 2007: “Colômbia volta ao vergonhoso título de ser o país mais perigoso do mundo para a atividade sindical”. Informa a CSI “que no anos de 2006 –último desde que se tem notícia computada- 78 sindicalistas morreram assassinados nesse país”. E acrescentam que “a maioria desses assassinatos foram cometidos em plena impunidade”.

O regime de Uribhitler está desesperado. Seus instintos assassinos o levam a tratar de assassinar a todo aquele que ouse meter-se no meio de seus planos criminosos. Declaração de guerra aos indígenas colombianos. Assassinatos dos organizadores das marchas do dia 06 de março. Por conta do regime foram assassinados 9 durante a Semana Santa.

O mundo olha impávido a orgia de sangue do regime narco-paramilitar de Álvaro Uribe Vélez. 11.282 colombianos assassinados ‘fora de combate’, e 85% realizados pelos narco-paramilitares e 10% pelas forças militares estatais, nos primeiros quatro anos de seu ‘mandato’. Agressão à soberania do Equador ao atacar o acampamento de Raúl Reyes, com assassinatos e aniquilamento, abandono de feridos, de pessoas civis de nacionalidade equatorianas e mexicanas, executados em território de outro país. Para ele serve a desculpa esfarrapada de ‘legítima defesa’, o qual levou a todos os países da OEA a rechaçar tal argumento, com a exceção, claro, dos EUA.

O desespero do regime é total. Sua crise é uma crise nunca vista. É um governo profundamente corrompido. 65 congressistas investigados pela Corte e a Procuradoria, 23 deles na prisão, ilustra o fato. Crise na justiça, nos militares. A presidência e José-Obdulio comprometidos com um narco-traficante capturado esses dias. Crises em todos os níveis.

O regime está desmoronando. Pouco a pouco está virando água. Suas ações não podem tapar a torneira governamental e estatal.