"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Paramilitarismo institucional na Universidade Nacional


por MJB/Colômbia


No dia 9 de outubro, em meio aos protestos pela visita da mais putrefata oligarquia nacional à universidade e pela inauguração do edifício da infâmia e o saque de Sarmiento Ângulo, foram capturados dois policiais infiltrados dentro do campus da universidade Nacional de Colômbia em Bogotá. Estes espiões tiravam fotos, vídeos e escutavam as conversas dos estudantes que protestavam dentro da universidade;

Depois de capturados em uma perseguição, foram encontradas identificações que pertenciam à inteligência da polícia, maconha, uma arma de fogo e vários livretos com indicações de táticas de guerra, contatos com agentes e comandos policiais, assim como contatos com agentes de segurança da universidade. Junto também estava uma máquina fotográfica.

Os espiões foram entregues a uma comissão da defensoria do povo e a secretaria do governo de Bogotá que expediram um comunicado aos meios de comunicação e a comunidade em geral no qual explicavam os acontecimentos e foram feitos acordos entre os quais estava o compromisso de permitir a saída livre e segura dos estudantes da universidade. Ainda assim, a polícia rodeou a universidade e capturou vários estudantes que foram deixados em liberdade no outro dia após intensos e desumanos interrogatórios nas estações de polícia de Bogotá por parte de agentes da DIJIN e de “inteligência” da polícia.

O próprio diretor da polícia Oscar “cocaína” Naranjo, defendeu seus espiões e afirmou que estes estavam efetivamente em trabalhos de inteligência dentro da universidade obedecendo fielmente a ordem do patrão Álvaro Uribe Balas de infiltrar-se nas universidade, identificar os líderes estudantis e eliminá-los sistematicamente, como de costume dentro das lógicas do paramilitarismo terrorista de estado; os espiões assassinos do regime operam dentro da universidade por ordem do governo, com a complacência das diretorias e são apoiados pela DIVISÃO DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA e o VISE, que são fachadas da infiltração para-estatal dentro da universidade. O agente paramilitar que mais tem conflitos com os estudantes, assim como o que mais tem contato com os agentes do regime se chama Pinilla e é conhecido com o apelido de centelha.

Não é a primeira vez que acontece. Há um mês atrás, entraram policiais e fiscais na faculdade de direito para revistar o centro acadêmico dos estudantes. Na noite de 8 de outubro, descobriu-se também que soldados do exército invadiram o campus e estiveram revistando várias zonas da universidade em busca de explosivos, isto demonstra que a autonomia universitária é violada sistemativamente pelo estado e que os estudantes da Colômbia estão sendo perseguidos pelo regime mafioso e paramilitar de Álvaro Uribe; isto demonstra que o capuz, a clandestinidade e a luta por uma nova Colômbia estão mais vigentes que nunca, apesar de tudo; preocupa ao regime ver os estudantes organizados e conscientes; o que o que o regime tem medo ´q eu nos levantemos como os caminhoneiros, os cortadores de cana, o setor judicial, os indígenas, os camponeses e todas as organizações populares que lutam em diferentes partes do país e de diferentes formas pela Colômbia livre e soberana que Bolívar sonhou.

Chamamos todos a integrar as fileiras contra a infiltração paramilitar-estatal dentro das universidades públicas e privadas do país, chamamos a reforçar as medidas de segurança assim como a clandestinidade e a compartimentação, os convidamos a se vincularem ao movimento bolivariano por uma nova Colômbia e, diante de tudo isso, fazemos um chamado à unidade como o único caminho do povo rumo à construção de uma nova Colômbia.

NÚCLEO BOLIVARIANO JUAN DE LA CRUZ VARELA
MOVIMENTO BOLIVARIANO PELA NOVA COLÔMBIA
JURAMOS VENCER
O artigo (em espanhol) encontra-se em ABP Notícias.