Prêmio Nobel da paz diz: “Uribe, você é um guerreiro, não um pacifista”
Por Adolfo Pérez Esquivel/Prêmio Nobel da Paz
Senhor Presidente da República
D. Álvaro Uribe Vélez
Rua 8 nº 7 -26 Palácio de Nariño
Bogotá, Colômbia
Quando participei há alguns meses no Tribunal dos Povos em seu país, pude ter contato com a terrível situação de violência e intimidação que sofre grande parte dos lutadores sociais e as diferentes comunidades indígenas. Nessa oportunidade, quando me perguntaram sobre a candidatura de sua pessoa para o Prêmio Nobel da Paz, expressei que não estava de acordo, porque você não havia feito nada pela paz, você é um guerreiro, não um pacifista.
Buenos Aires, 22 de outubro de 2008-10-24
E agora esta brutal e inconcebível repressão policial contra os protestos indígenas, conhecida como “a marcha indígena e popular pela resistência”, que foram realizados em La Maria, a 600 kms de Bogotá, vem mais uma vez corroborar seu espírito belicista e pouco propenso ao diálogo. As três pessoas falecidas, entre as quais encontrava-se uma criança, e uma centena de feridos, somam-se às 7 assassinadas em diversos lugares do país por membros da organização paramilitar, conhecida como “Águias Negras”, demonstram que querem calar o povo através do terror e a morte. Senhor Presidente, dizer que existem infiltrados nas manifestações e que estes agridem a polícia é de uma ingenuidade difícil de acreditar.
Nessas manifestações, os Povos Indígenas apenas estão reivindicando o direito às suas terras, o respeito à autonomia de suas comunidades e o cumprimento de acordos assinados com o governo que você dirige. Todas as pessoas e organizações que lutamos pela justiça e por um mundo em paz, levantamos nossa voz contra essa violência indiscriminada e a brutalidade de seus métodos repressivos. Exigimos, senhor Presidente, que abandone essa política de agressão contra todo o povo colombiano, e nesse caso, contra os Povos Originários. Pedimos respeito e reconhecimento de seus legítimos direitos, e uma reparação por toda a violência que vêm sofrendo. Tenha a segurança, que nossa voz se levantará agora e todas as vezes que seja necessário para evitar o derramamento de sangue e contra todo o tipo de violência desnecessária.
Receba uma saudação de Paz e Bem.
Senhor Presidente da República
D. Álvaro Uribe Vélez
Rua 8 nº 7 -26 Palácio de Nariño
Bogotá, Colômbia
Quando participei há alguns meses no Tribunal dos Povos em seu país, pude ter contato com a terrível situação de violência e intimidação que sofre grande parte dos lutadores sociais e as diferentes comunidades indígenas. Nessa oportunidade, quando me perguntaram sobre a candidatura de sua pessoa para o Prêmio Nobel da Paz, expressei que não estava de acordo, porque você não havia feito nada pela paz, você é um guerreiro, não um pacifista.
Buenos Aires, 22 de outubro de 2008-10-24
E agora esta brutal e inconcebível repressão policial contra os protestos indígenas, conhecida como “a marcha indígena e popular pela resistência”, que foram realizados em La Maria, a 600 kms de Bogotá, vem mais uma vez corroborar seu espírito belicista e pouco propenso ao diálogo. As três pessoas falecidas, entre as quais encontrava-se uma criança, e uma centena de feridos, somam-se às 7 assassinadas em diversos lugares do país por membros da organização paramilitar, conhecida como “Águias Negras”, demonstram que querem calar o povo através do terror e a morte. Senhor Presidente, dizer que existem infiltrados nas manifestações e que estes agridem a polícia é de uma ingenuidade difícil de acreditar.
Nessas manifestações, os Povos Indígenas apenas estão reivindicando o direito às suas terras, o respeito à autonomia de suas comunidades e o cumprimento de acordos assinados com o governo que você dirige. Todas as pessoas e organizações que lutamos pela justiça e por um mundo em paz, levantamos nossa voz contra essa violência indiscriminada e a brutalidade de seus métodos repressivos. Exigimos, senhor Presidente, que abandone essa política de agressão contra todo o povo colombiano, e nesse caso, contra os Povos Originários. Pedimos respeito e reconhecimento de seus legítimos direitos, e uma reparação por toda a violência que vêm sofrendo. Tenha a segurança, que nossa voz se levantará agora e todas as vezes que seja necessário para evitar o derramamento de sangue e contra todo o tipo de violência desnecessária.
Receba uma saudação de Paz e Bem.
Adolfo Pérez Esquivel / Prêmio Nobel da Paz
O original encontra-se em ABP Notícias.