"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 20 de julho de 2007

Desaparecimentos forçados e assassinatos seletivos

O tagarela narcoparamilitar presidente Álvaro Vélez, pretende obter dividendos com a morte, por fogo cruzado, dos 11 deputados e ‘exige’ a devolução dos cadáveres. Porém Uribe Vélez NUNCA exigiu a entrega dos desaparecidos nem nunca ordenou que parassem as execuções extrajudiciais cometidas pelas forças militares-narco-paramilitares, escreve Allende La Paz.


E onde estão? Responde Uribe Vélez!


[Por Allende La Paz, ANNCOL]


O tagarela narcoparamilitar presidente Álvaro Vélez, pretende obter dividendos com a morte, por fogo cruzado, dos 11 deputados do Valle. Sua postura sempre foi de um mesquinho cálculo para obter lucro das tragédias dos colombianos. Claro que não é usual que se alcance o que pretende, mas pelo contrário, cada dia é mais evidente seu descrédito. Manifestado de muitas formas. Por exemplo, uma, quando a filha de uma das vítimas culpou o governo por não ter realizado o Intercâmbio Humanitário ou Permuta de Prisioneiros. Ou como quando a citação de “manifestações” contra as FARC converteram-se em manifestações pelo Intercâmbio ou Permuta e por uma saída política ao conflito armado.


Vimos nestes dias Alva-raco Uribélez (Álvaro Uribe Vélez ) agora ‘condoído’, energúmeno porque as FARC dizem que não ‘querem entregar os cadáveres” porque o processo de decomposição deles impediria estabelecer as reais causas de sua morte. O Alva-raco Uribélez é um completo ignorante nestas matérias ou se faz de bobo para capitalizar o nobre sentimento de familiares mortos. Claro que eu acredito que seja uma mescla das duas coisas.


Agora vejamos, Alfredo Molano Bravo em sua crônica de O Espectador no diz quando analisou as “marchas” que nelas não se escutou nem uma palavra de ordem exigindo a entrega dos desaparecidos. Por que? Será porque a população colombiana se insensibilizou diante dos desaparecimentos ou será porque a midiatização da mente dos colombianos chega a tanto? Porém o mais importante ainda é por que, como disse Claudita López em sua coluna de hoje, nunca Álvaro Uribe Vélez exigiu dos narcotraficantes a devolução dos 1.000 seqüestrados que estavam em seu poder quando tiveram início os sainetes de Ralitos? Por que Álvaro Uribe Vélez NUNCA bradou exigindo aos militares e narco-paramilitares a devolução dos desaparecidos? Por que Álvaro Uribe Vélez não exige que cessem os assassinatos seletivos ou execuções extrajudiciais? Por que esses crimes estão na mais completa impunidade? Vejamos por que...


Desaparecimento forçado, típico crime de Estado
8.003 desaparecidos durante as últimas cinco administrações na Colômbia.


Em muitos artigos publicados na ANNCOL abordamos a problemática do desaparecimento forçado. Neles esclarecemos que o desaparecimento forçado é um típico crime de estado, cometido com a participação direta ou indireta de funcionários estatais. As estatísticas estão aí para confirmá-lo dolorosamente na Colômbia . Da mesma forma dissemos que o desaparecido é vítima de uma série de delitos: seqüestro, tortura, mutilações e execução extrajudicial, além de seqüestro de seus despojos mortais (A propósito, quando o general Álvaro Valencia Tovar devolverá os despojos mortais de Camilo Torres? Quando os militares devolverão os despojos mortais dos guerrilheiros que eles matam em combate ou fora dele, os quais não podem ser recuperados por seus companheiros nem por suas famílias?).


As frias estatísticas nos dizem que 96,54% dos desaparecimentos forçados são cometidos pelos membros das forças militares e narco-paramilitares (segundo a Comissão Colombiana de Juristas). Durante as últimas quatro administrações oligárquicas (Virgilio Barco Vargas, César Gavíria Trujilo, Ernesto Samper Pizano, Andrés Pastrana e Álvaro Uribe Vélez ) desapareceram forçosamente 8.003 pessoas. Logicamente estas cifras são incompletas porque nem todas as famílias denunciam o desaparecimento.


Quero que meus leitores vejam como o fenômeno persiste durante estas 5 administrações e isso explica o silêncio oficial sobre este crime de estado e a desistência de Gaviria e Samper em conseguirem aprovar um projeto de lei tipificando o desaparecimento forçado que tinha sua aprovação solicitada por diferentes vozes da comunidade internacional e só em 2000 pôde ser alcançada.


BARCO GAVIRIASAMPER PASTRANA URIBE
500 674 1.093 4.123 1.613
TOTAL


8.003

Quero também ressaltar que durante a administração de Álvaro Uribe Vélez a compilação fidedigna de dados tem sido impossível uma vez que os próprios defensores dos direitos humanos foram convertidos em alvos militares, de guerra, por parte do próprio presidente que repetidamente rotula às ONGS defensoras de D.H. como “auxiliadores da guerrilha”.


[Ver artigos relacionados: As Fossas comuns, Desaparecimento forçado na Colômbia, Desaparecendo desaparecidos, Quem desabriga e faz desaparecer os colombianos? http://www.anncol.org/es/site/doc.php?id=2244]


Quem são as vítimas de desaparecimento forçado?
As vítimas de desaparecimento forçado são filhos do povo.


As vítimas de desaparecimento forçado são filhos do povo, lutadores populares, ou seja, campesinos, indígenas, líderes sindicais, políticos de esquerda, professores, líderes de comunidades, de bairros, de desabrigados, mulheres, inclusive até crianças. Por isso nenhuma importância têm para os governantes oligárquicos como Álvaro Uribe Vélez.


Daí que o inquilino da Casa de Nariño em um pouco se preocupe com estes desaparecidos se com isso se elimina – ou eliminam seus mandatários – um estorvo a menos.


Os assassinatos seletivos ou execuções extrajudiciais
28.245 camponeses, educadores, indígenas, empregados, mulheres e crianças, vítimas de assassinatos seletivos.


Tampouco se dói ou condói o narco-paramilitar presidente Álvaro Uribe Vélez da enorme quantidade de colombianos assassinados pelas forças militares-narcoparamilitares mediante a modalidade de assassinatos seletivos ou execuções extra-judiciais. É o que nos informes chamam de homicídios políticos.


Quem são as vítimas deste delito? Camponeses, educadores, indígenas, empregados sindicalistas, líderes de esquerda e até mulheres e menores de idade. Todos filhos do povo. Por isso nada interessam à administração narco-paramilitar de Álvaro Uribe Vélez e seu círculo íntimo mafioso.


BARCO GAVIRIA SAMPER PASTRANA URIBE
?7.865 1.386 13.839 5.155
TOTAL


28.245


Uribe deve responder

O narco-paramilitar presidente da Colômbia, Álvaro Uribe Vélez, deve responder diante da justiça popular pelos crimes cometidos contra os filhos do povo. Seu fim está a cada dia mais próximo, cada dia que passa é mais evidente sua imensa e irrecuperável debilidade produto de sua insânia e sua corrupção em todas as esferas do estado, evidência de seu pertencimento aos grupos narco-paramilitares e seus pactos secretos com estes, além de sua imensa perversidade com os prisioneiros de guerra em poder das FARC.


Sou enfático ao afirmar com o Dr. Pinzón e o jornalista Dick Emanuelsson, “Uribe cairá”. Porque como disse o Libertador Simón Bolívar: “Todos os povos do mundo que tem trabalhado pela Libertada tem exterminado ao final aos seus tiranos”.



Enlace original