Não se podem enganar as Farc duas vezes
Jaime Pardo Leal, assassinado pelo Terrorismo de Estado instalado na Casa de Nariño!
[ANNCOL]
Uma vez mais a oligarquia “lesa-pátria” e seus assessores do Pentágono, mostram sua estupidez política e militar. Depois de 53 anos do bombardeio com napalm, metralha, bactérias e dos campos de concentração para comunistas em Villarrica e El Davis, no departamento de Tolima, estabelecidos pelo ditador Rojas Pinilla, e depois de ter ensaiado todos os planos cívico-militares de extermínio conhecidos e redigidos em Washington, agora se dedicam à tarefa de investigar “em que consiste o olhar das Farc”,
Assim, num estalo de imaginação, apelam a qualquer jornalista economicamente desesperado, que sobrevive com o envelope que recebe do Ministério da Defesa, para apresentar suas falsas conclusões na mídia por eles controlada. O que demonstram com isso? Mostram que, depois de tantos anos e tanto dinheiro gasto, não conhecem nada do seu adversário, pois sempre o subestimaram, chamando-o de gentalha camponesa em estado bruto. Enquanto que a gentalha, ao contrário, tem demonstrado que conhece perfeitamente os seus assassinos, daí as terríveis pancadas que diariamente levam.
A “gentalha analfabeta que late deitada como cães velhos” aprendeu na própria carne e depois de muito sangue e lágrimas derramadas nos rios da Colômbia, a conhecer o caráter cruel e sanguinário que habita no coração da oligarquia colombiana.
De saber que, para continuar a conservar seus privilégios exclusivos de riqueza e exploração, não se deterão diante de nada e de ninguém. Que é uma oligarquia corrompida “acostumada com sangue, como disse Manuel Marulanda; que nem sequer treme-lhe o pulso para mandar matar inclusive aos seus próprios membros como Galán, ou Álvaro Gómez, só para citar os mais famosos"; nem para mandar pelos campos e povoados a polícia “chulavita” do Governo e sicários, para exterminar da forma mais desapiedada 300.000 camponeses e trabalhadores durante a chamada “violência” bipartidária entre 1946 e 1965, e continuam até os dias de hoje com a orgia de sangue, ceifando outros 300.000 e deslocando 4 milhões de camponeses de suas terras, utilizando os atuais narco-paramilitares de Ralito.
Esta pequena lição foi bem assimilada porque aos que “latem deitados” não dá para enganá-los duas vezes. Essa é a única razão para que as FARC-EP solicitem uma zona de segurança, nos municípios de Florida e Pradera, e assim poder proceder com seus próprios mecanismos de defesa e avançar no inadiável intercâmbio Humanitário. É uma razão elementar de segurança e sobrevivência. Se não, porque a sistemática torrente de mortos após a criação da União Patriótica?
Mas não, para não ter que realizar o intercâmbio humanitário solicitado pelo mundo inteiro, os lesa-pátria não somente não entendem esta legitima desconfiança dos comandantes guerrilheiros, como também, com a habitual ignorância e má fé, continuam envenenando a opinião pública nacional e internacional com a estória dos “corredores para escoar drogas de que as Farc necessitam desesperadamente”, quando todos sabem, através dos grampos telefônicos e dos poderosos satélites gringos e do governo, que a droga sai às toneladas, pelos aeroportos controlados pelos sócios do irmão do general Naranjo e pelos portos de Turbo, Tumaco e Buenaventura, controlados pelos Paramilitares e dirigidos por telefone de dentro do hotel-prisão de Itaguí.
As Farc não necessita de “corredores” porque ela se move por toda a região como Joãozinho pela sua casa e prova disso foi a recente e fácil captura do capitão da Polícia Nacional e comandante responsável pela segurança oficial nestas duas cidades. Isto sem falar dos permanentes golpes armados causados à Força Pública em toda esta região.
As Farc o tem dito de todas as formas possíveis. Necessita de um lugar citadino e com infra-estrutura suficiente, que seja seguro para seus homens e delegados internacionais que virão como fiadores do intercâmbio humanitário.
Tudo o mais são lendas grosseiras da falsa mídia e das publicações oficiais da família Santos.
