Ladrões e assaltantes reprimem a humildes trabalhadores
A polícia nacional, instituição estatal que forma grupos de assaltantes de bancos na cidade de Cali e ladrões que saquearam as caixas fortes do DRFE e DMG, a mesma que mantém estreitos vínculos com grupos paramilitares, a mesma que assassinou a indefesos camponeses em Villarica (norte do Departamento de Cauca) e usou explosivos e armas não-convencionais contra os humildes.
A mesma que a manchete tenta dissolver os legítimos protestos no sudoeste colombiano e que está comandada pelo general Naranjo (homem familiarizado com os paramilitares auto-denominados rastrojos); novamente arremete com gases e força bruta contra a pacífica manifestação dos afetados pela intervenção estatal das empresas DGM e DRFEF em Popayán.
Os afetados pela intervenção estatal das empresas DRFE e DMG são gente cansada de sofrer com a miséria que o Estado Uribista submete a mais de 30.000.000 de colombianos. Eles apenas procuravam melhorar sua precária situação econômica, buscavam nessas empresas uma forma de suprir suas necessidades. Agora deram de frente com a repressão de um estado que garante a ordem e a segurança para os grandes capitalistas, empresários, banqueiros e latifundiários.
Os que hoje saem às ruas para exigir seus direitos sofrem as arbitrariedades desse governo ditatorial capaz até de corromper as máfias para manter sua política e defender os interesses de quem, de forma ilegal, o levaram ao poder. Por mais de seis anos deixaram funcionar estas empresas sob um silêncio permissivo e cúmplice, agora pretendem lavar as mãos com soluções, pronunciamentos moralistas e uma posterior lei que acaba gerando problemas sociais maiores, sem resolver a situação de fundo.
Os ladrões são os mesmos, os assaltantes da boa fé de um grande número de pessoas que ainda acreditam que a Colômbia é um estado social de direito, e para as quais esse governo não quis e não é sua intenção resolver o problema social que os afeta. Este governo é quem, através de suas políticas, rouba e assalta o povo e descaradamente o atropela.
A comoção gerada pelo Estado uribista é a cortina perfeita que esconde a decomposição de um governo ilegal e ilegítimo infiltrado completamente pelas máfias narcotraficantes e paramilitares, um governo que seqüestra jovens para logo fazê-los aparecer nos meios de comunicação a seu serviço como guerrilheiros mortos em combate. Um governo que despojou da terra milhares de camponeses e que aprova inúmeras leis lesivas aos interesses do povo.
A situação social que o povo colombiano atravessa exige uma saída política e negociada ao conflito, na qual é condição necessária a renúncia e o submetimento à justiça do presidente Álvaro Uribe Vélez, a formação de um governo de transição amplamente democrático que permita a formação de uma nova ordem social em benefício das maiorias.
Departamento do Cauca, 28 de novembro de 2008
COMISSÃO DE COMUNICAÇÕES
DO PROCESSO DE UNIDADE POPULAR DO SUDOESTE COLOMBIANO
DEPARTAMENTO DO CAUCA
O artigo encontra-se em ABP Notícias.
