O que fará Obama em relação às últimas diretrizes do pentágono
A diretriz do pentágono coloca no mesmo nível a guerra de guerrilhas e uma guerra convencional, dando aos Estados Unidos asas para mais invasões à outros países. Preparem-se colombianos...
ANNCOL
O colunista do diário El Espectador, Alvaro Camacho Guizado, num artigo entitulado El Pentágono y el Maquiavelo criollo , nos tráz as últimas diretrizes do Pentágono norte-americano, extraídas de um artigo da AFP. A diretriz foi firmada em 1º de dezembro de 2008 e coloca no mesmo nível a guerra de guerrilhas, o 'terrorismo' e a guerra tradicional.
Com esta diretriz o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, é levado contra as cordas e se lhe lança uma corda da qual será muito difícil soltar-se. Pelo que se tem visto até agora, Obama tem se acercado dos mesmos dirigentes que tem dirigido a USAmérica nos últimos anos e a tem levado ao mais estrondoso fracasso. Se a solução da crise financeira é a mesma receita de Bush, guerra e mais guerra, o mais provavel é que os Estados Unidos entre em colapso porquanto a crise econômica e política a qual atravessa é praticamente irreversivel. E se cumpriria a tendência a que alguns investigadores chamam de 'declive dos impérios'.
O artígo mencionado é "Pentagon raises status of 'irregular warfare ', da AFP, do qual trazemos sua tradução para o português e o link para acessar em inglês.
"Pentágono apresenta o estatuto de "guerra irregular" AFP /
WASHINGTON (AFP) - O Pentágono emitiu uma diretriz de colocar a luta contra o terrorismo e a guerra de guerrilhas nas mesmas condições que a guerra tradicional no que tange à planificação militar e à doutrina. Os funcionários disseram na quinta-feira:
A diretriz foi firmada 1º de dezembro pelo deputado secretário de Defesa Gordon England, o qual esboçou as funções e responsabilidades para o desenvolvimento de capacidades para a luta contra ameaças não convencionais.
"É política do Departamento de Defesa reconhecer que a IW (guerra irregular) é tão estrategicamente importante quanto a guerra tradicional", disse a diretriz.
Em virtude da Diretriz, a guerra irregular se define como a que abarca as operações de luta contra o terrorismo, a guerra de guerrilhas, a defesa interna extrangeira, contra-insurgência e operações de estabilidade.
Fica à cargo do Departamento de Defesa desenvolver capacidades para:
- Identificar e prevenir, ou derrotar, ameaças irregulares de estado e os atores não estatais
- Ampliar a ação em zonas e entornos incertos onde os E.U.A. tem se negado em chegar, operando através dos indígenas e de forças extrangeiras
- Formar, assessorar e ajudar às forças de segurança extrangeiras e sócios
- Apoio a um governo extrangeiro ou de população ameaçada por adversários irregulares
- Criar um meio ambiente seguro nos Estados frágeis.
Os funcionários do Pentágono reconheceram o desempenho militar dos E.U.A. nestas missões no Afeganistão e no Iraque durante anos, mas dizem que a Diretriz da uma estrutura burocrática formal para esses esforços.
"Isto codifica as funções e responsabilidades", disse Bryan Whitman, um portavoz do Pentágono.
Em julho, a diretriz dá início a uma estratégia de defesa dos E.U.A. para lugares em que há "guerra aberta" contra o extremismo e, ainda por cima, incrementa seu potencial convencional para os desafios representados por China e Rússia.
“O documento de estratégia da defesa diz que "num futuro previsivel, ganhar a guerra aberta contra os movimentos extremistas violentos será o objetivo central dos E.U.A."
Que julguem nossos leitores e chegarão à mesma conclusão que nós. De que, se for assim, o futuro não é nada encantador e haverá que se preparar para lutar contra o pior: Uma invasão direta dos Estados Unidos.
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