"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Pela criação da "Ordem do Sapato"

Muntazar al-Seidi ficou sem os seus sapatos, mas passou à história pelo gesto valente de vingar moralmente aqueles que perderam muito mais do que isso numa guerra criminosa.

Deveria ser criada a Ordem do Sapato pelas ordens e sindicatos de jornalistas para demonstrar que não são bajuladores dos grandes interesses agressores e exploradores dos seus povos.

Bush foi ao Iraque como um delinquente que volta ao local do crime para ufanar-se por haver destruído um país inocente.

Todas as guerras travadas pelo imperialismo ianque foram originadas por erros friamente calculados, desde a ocupação e apropriação da metade do território do México em meados do século XIX até o apoio militar aos talibans e a Sadddam Hussein em décadas passadas.

Para apropriar-se de Cuba, Porto Rico e Filipinas, os EUA explodiram o navio Maine a fim declarar guerra a Espanha em 1898, acusada de sabotagem, quando já havia sido derrotada pelos patriotas cubanos.

Pearl Harbor foi bombardeada pelo Japão na II Guerra Mundial, apesar de Washington estar informada do ataque 24 horas antes através dos seus diplomatas e espiões.

Os erros criminosos induzidos ou aproveitados tiveram a sua máxima expressão na ainda não esclarecida destruição das torres gémeas de Nova York, ponto de partida da terrorista Guerra contra o Terrorismo.

Os crimes de guerra estão penalizados severamente, até com a pena capital, e a desculpa do erro é um agravante quando, reconhecendo-o, se continua o genocídio.

As sapatadas de El Nazional são, ironicamente, contra o povo soberano que se liberta de dois impérios, o da opressão que sempre impôs ditaduras militares e civis repressivas, e o da mentira mediática a que serve esse jornal.

Os iraquianos devem estar orgulhosos por terem jornalistas valentes que dão a cara pelo seu povo frente aos opressores do seu país, assassinos de um milhão dos seus compatriotas.

Israel tem mais de 11 mil presos políticos palestinos nos seus cárceres e muito poucos jornalistas no mundo fazem campanhas pela sua liberdade. Por que será?

Há meios de comunicação na América Latina que mentem sistematicamente para desacreditar candidatos presidenciais, ao inventar que Chávez os financia, o que utilizam como arma política no Peru, Colômbia, Panamá, El Salvador e Guatemala.

Agora se diz que é verdade que o Iraque tem mocassins de destruição maciça.

Que dirão agora os media submissos quanto à exclusão dos EUA da nova Organização de Estados Latino-Americanos e do Caribe?

Cuba regressou dignamente aonde sempre pertenceu e de onde nunca deveria ter sido excluída.

Será a primeira vez que um par de sapatos será convertida em peça de museus.

Com Bush e Cheney desaparece uma espécie de selvagem que fez da morte e da tortura um negócio detestável e um ritual abominável. Mas restam os seus padrinhos.

Com Obama, nem fatalismo nem ilusões. Só a luta dos povos mudará a história.

A honestidade informativa baseia-se na verdade e esta nos factos reais.

Não há pior liberdade que a de difamar impunemente.

No Paraguai, o fascismo disfarça-se de protesto contra a luta de classes que a oligarquia sempre praticou de forma selvagem contra os mais pobres e os revolucionários.

Não é Chávez que os deixa loucos. É a democracia participativa do povo o que não suportam.

[*] Embaixador da República Bolivariana da Venezuela na Bielorússia.

O artigo encontra-se em Resistir.info.