"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Um exército invasor e assassino

No Iraque e na Colômbia é igual. Exércitos invasores massacram a população civil.
Choraremos nossos mortos, mas seu espírito estará presente em cada luta, em cada Minga, em cada manifestação, em cada marcha, em cada motim. Luta de massas! Resistência de massas!

ANNCOL

No Iraque as tropas estadunidenses atuam como o que são. Invasores. No Afeganistão também. E nos campos atiram ‘em tudo que se mova’. Assim dispararam em Giuliana Sgrena e seu acompanhante. Mas nem sequer nos hotéis está seguro. A morte dos jornalistas, Taras Protsyuk, da agência britânica Reuters, e José Couso, da televisão espanhola Telecinco, mortos em Bagdá no dia 8 de abril de 2003 por um disparo do exército norte-americano sobre o Hotel Palestine, é mostra disso.

Na Colômbia, a Força Pública atua como foi ensinado pela Doutrina de Segurança Nacional (DSN) e seus desenvolvimentos. Os indígenas, os camponeses, os operários, os estudantes, todo o povo, são inimigos e como tais devem ser tratados. Inimigos internos. Mas sempre inimigos. Não importa que seja um indígena. É um ‘inimigo interno’.

Uma conduta repetida em diversas vezes e em diversos lugares não pode ser um “erro”. Não pode ser. É claro que obedece a orientações institucionais. Um caso, mais outro caso, mais outro caso, já não é erro. Nem pode ser explicado com o argumento do medo ou do ‘calafrio’ que sentem (como o ‘oficial que se assustou’ quando viu tanto guerrilheiro e colocou, por isso, o emblema da Cruz Vermelha. Mentirosos dos mil demônios!)

Quantos casos não aconteceram na Colômbia desde 1964... Milhares, incontáveis, ou melhor, impossível contá-los porque lá está a ‘mão negra’ que o impede. Por isso, até os ‘defensores dos direitos humanos’ são inimigos internos, porque dizem a verdade sobre as violações dos direitos humanos por parte das forças militares-narcoparamilitares.

E sabemos que tudo virará ‘anúncios’ de Uribhitler, de Fachito Santos e de seu primo, o famoso “La Hiena” Santos.

Quando muito, lhes dirão: “é assim que se faz, mas não podem se deixar agarrar!”. Ou lhes recordarão que estes ‘trabalhinhos’ sempre são feitos por ‘paramilitares’, mesmo que quem dispare seja um militar vestido de civil. Quando muito, os agarrarão e farão pagar por seu erro: que não foi o de haver matado a um companheiro, mas de ter sido descoberto e pego fazendo-o. Por sua estupidez, tome, chupe!

Os mortos seguirão. Alguns saberão quem foram seus autores, porque é impossível que se escondam do olhar reprovador de todo um povo. Outros não saberão, mas se intui. E o sangue generoso dos melhores filhos da Colômbia estará edificando a construção de um Novo País, com um novo Estado, ou seja, uma Nova Colômbia.

Mas, apesar de tudo, apesar de que seguirão nos matando, e o farão com alguns, não poderão fazê-lo com todos nós. Como fazem os indígenas que capturaram os militares assassinos que dispararam contra uns civis, inertes, desarmados. Assim tem que fazer o nosso povo. Armados de valor e enfrentar os assassinos. Mas não apenas os assassinos que disparam, mas também os assassinos que dão as ordens. A narco-para-oligarquia. A mesma que está em Bogotá rindo e bebendo whisky poorque colocaram outra ficha, que lhes garantirá mais impunidade.

Choraremos nossos mortos, mas seu espírito estará presente em cada luta, em cada Minga, em cada manifestação, em cada marcha, em cada motim. Luta de massas! Resistência de massas!

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